O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e sua esposa, Heloísa Bolsonaro, distribuíram cartões de apresentação aos vizinhos nos Estados Unidos. A mudança para o país ocorre após o Partido dos Trabalhadores (PT) solicitar à Justiça a apreensão de seu passaporte. O parlamentar decidiu permanecer em solo norte-americano enquanto avalia sua situação no Brasil.
O cartão, intitulado “The Bolsonaro’s”, traz uma foto do casal ao lado dos filhos, Geórgia, de 4 anos, e Jair Henrique, de 1 ano, com a mensagem: “Olá, somos seus novos vizinhos”.

Heloísa Bolsonaro compartilhou a experiência nas redes sociais, destacando o prazer de viver como “uma família comum” e de ser desconhecida no novo ambiente. Para reforçar a aproximação com os vizinhos, a psicóloga também distribuiu pães de queijo como gesto de boas-vindas.
Saiba mais:
- Eduardo Bolsonaro tem licença de 122 dias aprovada pela Câmara
- AtlasIntel: Bolsonaro é mais bem avaliado que Lula, revela pesquisa
A mudança repentina
No último final de semana, Heloísa Bolsonaro revelou que a decisão de permanecer nos Estados Unidos foi tomada de forma abrupta. Segundo ela, a família pretendia passar apenas o feriado de Carnaval no país, mas a necessidade de permanência prolongada alterou os planos.

Amigos e parentes têm enviado pertences do casal para os EUA. Em uma das publicações, a esposa de Eduardo Bolsonaro fez referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usando suas iniciais acompanhadas de um emoji de demônio.

Eduardo Bolsonaro pede licença
Eduardo Bolsonaro anunciou sua estadia nos Estados Unidos em 18 de março, alegando receio de que seu passaporte fosse apreendido e de uma possível prisão. No mesmo dia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o STF arquivaram o pedido do PT contra ele.
O deputado é conhecido por sua proximidade com aliados do ex-presidente norte-americano Donald Trump e acusa o governo brasileiro de perseguir aliados de Jair Bolsonaro.
A licença concedida a Eduardo tem duração de 120 dias. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que ele deve retornar ao Brasil em quatro meses para disputar uma vaga no Senado em 2026.
Antes da licença, Eduardo era cotado para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Credn) da Câmara, mas com sua ausência, o deputado Filipe Barros (PL-PR) assumiu o cargo e prometeu seguir a mesma linha política.