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Em Manaus, vereadores do PL se manifestam sobre denúncia da PGR contra Bolsonaro: “Cortina de fumaça”

Nesta quarta-feira (19/02), um dia após a Procuradoria-Geral da República denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por envolvimento em um plano de golpe de estado, o episódio repercutiu entre vereadores do Partido Liberal (PL) em Manaus.

Os vereadores Coronel Rosses e Raiff Matos se manifestaram de forma contundente contra a denúncia, afirmando que a ação é apenas uma cortina de fumaça do governo Lula para mascarar uma perseguição política.

Em entrevista à Rede Onda Digital, Coronel Rosses disse:

“Eu acredito veemente que se trata, mais uma vez, de uma cortina de fumaça […] Vejo isso como mais uma manobra desse desgoverno do PT que tenta esconder a verdade.”

Ele ressaltou que uma denúncia da PGR, que pode ser acatada ou não, revela o colapso do governo atual e o uso da máquina estatal para fins de perseguição política.

Veja:

Já o vereador Raiff Matos afirmou que acredita na inocência do ex-presidente e torce para que ele possa participar das eleições em 2026. Segundo ele, pesquisas recentes mostram um cenário favorável a Bolsonaro.

“Nós vivemos uma guerra de narrativas, onde a verdade está sendo cada vez mais questionada […] Acredito na inocência do presidente Bolsonaro, tenho conversado com os parlamentares e com o presidente do partido, e fundamentalmente nessa reversão para que, o quanto antes, o Bolsonaro possa ser elegível, exista essa possibilidade sim…”

Confira a declaração do vereador:


Saiba mais:


PGR denuncia Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por envolvimento numa trama golpista apontada pela Polícia Federal.

Bolsonaro é acusado pelos seguintes crimes:

  • organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • e deterioração de patrimônio tombado.

Esta é a primeira vez que Bolsonaro é denunciado criminalmente perante o Supremo Tribunal Federal (STF) desde que se tornou presidente. Assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, a denúncia foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado por envolvimento numa trama golpista apontada pela Polícia Federal. (FOTO: Reprodução)
Ex-presidente foi denunciado por envolvimento numa trama golpista apontada pela Polícia Federal. (FOTO: Reprodução)

A acusação representa a etapa mais avançada de uma investigação contra o ex-presidente no STF. Ao longo dos últimos anos, a Polícia Federal concluiu que o político cometeu crimes em ao menos cinco investigações que tramitam no tribunal. Em três delas, Bolsonaro foi indiciado.

A PF concluiu que ex-presidente cometeu crimes e o indiciou na investigação que apura fraude em seu cartão de vacinação, na apuração que mira a venda de joias sauditas presenteadas ao governo e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos, e nesta sobre a trama golpista.

Bolsonaro, inelegível
(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A denúncia contra o ex-presidente será analisada pela Primeira Turma do STF. O colegiado é presidido pelo ministro Cristiano Zanin, a quem cabe marcar a pauta de julgamentos.

A expectativa é a de que a denúncia seja recebida pelo colegiado e que o ex-presidente se torne réu ainda neste primeiro semestre. Compõem a Primeira Turma os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux Ministro e Flávio Dino.

Se a denúncia for aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal.

Também foram denunciados o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, o general Braga Netto; e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ao todo, são 34 denunciados.

Bolsonaro sabia de plano para matar Lula e concordou

De acordo com a denúncia da PGR, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Bolsonaro sabia do plano para matar Lula no fim de 2022 e concordou com a trama.

“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de “Punhal Verde Amarelo”. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu , ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, escreveu o procurador-geral.

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