O vereador Lincon Albuquerque (Cidadania) foi indiciado pela Polícia Civil de Goiás por injúria racial contra um colega de parlamento negro. O inquérito foi remetido ao fórum, e o Ministério Público de Goiás decidirá se denuncia o vereador. O crime tem pena prevista de dois a cinco anos de reclusão e multa. Albuquerque nega o crime e afirma que se defenderá na Justiça.
O episódio ocorreu em novembro de 2023 durante sessão plenária na Câmara Municipal de Planaltina (GO). Albuquerque fez sons de macaco durante uma discussão com o vereador Carlim Imperador (PROS). O vereador nega a intenção de imitar o animal.
O delegado descreve no relatório que o vereador fez gestos próximos ao ouvido, fazendo sinais de abrir e fechar os dedos, e, em seguida, proferiu guinchos com a boca, reproduzindo sons que imitam um macaco.
Albuquerque diz que esperava o indiciamento e acredita que a investigação e o devido processo legal são importantes para sua defesa. Ele argumenta que a intenção era expressar a respeito do barulho e da confusão, negando motivação racista.
Os parlamentares debatiam um projeto de loteria no município, e a discussão subiu de tom quando Lincon fez os sons de macaco. O vereador alega que as pessoas na cidade o têm apoiado, e nega imitar um macaco, explicando que quis dizer que o oponente estava fazendo muito barulho.
*Com informações do Estado de S. Paulo