Após a aprovação de Flávio Dino para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), fica a especulação para saber quem vai sucedê-lo no Ministério da Justiça e Segurança Pública. Apesar da recente declaração do senador Jaques Wagner (PT-BA), de que a ida do ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, para o Ministério da Justiça estaria descartada, nomes no entorno do presidente Lula apontam que ele está no páreo, e seria inclusive o favorito do petista.
Wagner teria dito na última quarta, 13/12, a jornalistas:
“Eu posso dizer quem eu conheço que não será [ministro da Justiça]: nem o Lewandowski, nem o Jaques Wagner, nem a Gleisi [Hoffmann]”.
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Apesar de Wagner ser próximo de Lula, a fala foi recebida com surpresa por interlocutores do PT. Segundo fontes ouvidas pelo jornalista Guilherme Balza, da Globo News, o nome de Lewandowski está cotado. Embora ainda não tenha sido convidado oficialmente, ele já teria conversado com Lula sobre o cargo e manifestado preocupações quanto à segurança.
Outro nome que tem ganhado força nos últimos dias é o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Wellington César Lima, o “SAJ”. Wellington despacha diariamente com o presidente e, portanto, é um nome que goza da confiança de Lula. Além disso, ele tem apoio do próprio Jaques Wagner e do ministro da Casa Civil, Rui Costa. A fala de Wagner, inclusive, poderia ser visto como uma forma de fortalecer o nome do seu aliado.
Petistas de São Paulo também intensificaram a mobilização pela indicação do advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, para o posto. Carvalho é filiado ao PT e se aproximou de Lula quando o presidente era alvo da Operação Lava Jato.
E o próprio PSB, partido de Dino, estaria querendo emplacar o sucessor dele na pasta da Justiça. O nome mais forte seria o de Ricardo Capelli, atual secretário-executivo da pasta, para o ministério.
Segundo o entorno de Lula, a definição quanto ao novo ministro da Justiça só deve vir em janeiro. Dino permanecerá no cargo pelo menos até o dia 8, quando vai haver uma solenidade para marcar um ano dos atos golpistas em Brasília. Ele deverá ser exonerado depois, e ficará como senador até 22 de fevereiro, quando está prevista acontecer a sua posse.
Com informações de G1.