“Mas, o Rodrigo Guedes se colocou, pediu o apoio, porque se ele não tivesse sido candidato, provavelmente eu teria me inscrito para ser candidato, porque eu não estaria apoiando o candidato do prefeito, porque senão fica ali uma ideia de que você já está na base da prefeitura”, diz o vereador Zé Ricardo (PT) sobre a eleição para a presidência na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
A fala aconteceu recentemente em entrevista ao O Poder. À ocasião o segundo vereador mais votado de Manaus nas eleições municipais de 2024, comentou sobre o apoio que fez ao Rodrigo Guedes (Progressistas) contra David Reis (Avante) na disputa pela presidência da CMM.
David Reis recebeu 35 votos, Aldenor Lima, Allan Campêlo, Diego Afonso, Dione Carvalho, Eduardo Alfaia, Eduardo Assis, Elan Alencar, Eurico Tavares, Everton Assis, Gilmar Nascimento, Ivo Neto, Jaildo Oliveira, Jander Lobato, João Carlos, João Paulo Janjão, Joelson Silva, Kennedy Marques, Marcelo Serafim, Marco Cartilhos, Luis Mitoso, Pai Amado, Paulo Tayrone, Professora Jacqueline, Professor Samuel, Raiff Matos, Raulzinho, Roberto Sabino, Rodney Ramos, Rosinaldo Bual, Rosivaldo Cordovil, Saimon Bessa, Sérgio Baré, Thaysa Lippy e Yomara Lins.
Enquanto, Guedes recebeu os votos de Capitão Carpê (PL), Sargento Salazar (PL), Rodrigo Sá (Progressistas) e de Zé Ricardo (PT), que preferiu o colega de tribuna por defender causas semelhantes as suas.
“Então essa postura, então acabei votando no Rodrigo Guedes por conta dessa postura dele de fiscalização e pediu o apoio, eu vi que ele está em sintonia com uma prática em relação à gestão pública muito semelhante ao que eu estava defendendo. Agora é claro, 35 vereadores votaram no candidato do prefeito (David Reis) então estou entendendo que os 35 (parlamentares) se entenderam com o prefeito e provavelmente vão estar na sua base de apoio e eu vou saber melhor quando começar realmente o trabalho legislativo em fevereiro”, pontuou o petista.
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Ainda sobre a vertente do trabalho de um vereador, Zé Ricardo explica que o objetivo não é atacar ou criticar a gestão municipal, mas sim, analisar tecnicamente as ações, analisar as demandas e traças metas que possam trazer benefícios para a população. Segundo parlamentar, o vereador tem duas vertentes: fiscalizar e legislar.
“Eu entendo que o vereador tem que ser aquele que fiscaliza, que cobra, não é para ser inimigo do prefeito, o vereador não é eleito para ser inimigo, mas ele tem que cobrar da prefeitura, não importa quem seja. (…) O povo paga o vereador basicamente para duas funções e tem um folhetinho meu que estou distribuindo onde eu lembro de novo a função do vereador: legislar e fiscalizar. Legislar os projetos, as propostas, discutir os projetos que vem do governo e fiscalizar está escrito na constituição, fiscalizar o executivo os contratos”, explicou o vereador.