O Comitê de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais no Amazonas passou a ser permanente a partir desta segunda-feira (27/1), após um decreto assinado pelo governador Wilson Lima.
Aproveitando a ocasião, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (UB), voltou a cobrar que o Executivo municipal atenda ao requerimento de sua autoria que propõe a implementação de um Comitê Municipal Permanente de Crise.
“O governo estadual deu um importante passo nesse sentido, mas falta o município de Manaus. Há na capital, apenas a instalação de um comitê de crise provisório, sempre que uma situação crítica se apresenta, no entanto, nossa cidade precisa de muito mais”, disparou o deputado.
Cidade apresentou o Requerimento nº 3.898/2024, indicação encaminhada ao prefeito de Manaus pedindo uma resposta coordenada e eficiente por parte das autoridades públicas. Porém, de acordo com o presidente da Aleam, David Almeida, até o momento, não acatou a indicação.
Ambos foram adversários na disputa para a prefeitura de Manaus nas eleições municipais de 2024. Cidade concorreu com um discurso voltado à mudança da gestão municipal, pedindo uma reformulação na administração, fazendo duras críticas ao então candidato à época David Almeida.
Mesmo assim, David Almeida garantiu a reeleição. Mas desde a campanha eleitoral houve um distanciamento entre alguns candidatos ao cargo, como Alberto Neto, Amom Mandel, deputados federais, incluindo também Roberto Cidade.
“As questões climáticas se apresentam com cada vez mais complexidade, por isso é importante que tanto o Estado quanto o município tenham diretrizes planejadas e organizadas para quando os problemas se apresentarem”, pontuou o deputado estadual solicitando a criação do grupo de trabalho municipal.
Saiba mais:
Wilson Lima destina mais de R$ 59 milhões para editais de Ciência e Tecnologia
Presidente do TJAM promete enfrentar dificuldades para levar o poder judiciário ao interior
Conforme a indicação de Cidade, o comitê deve envolver diversas secretarias e órgãos municipais, em articulação com instâncias estaduais e federais, incluindo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e demais entidades de pesquisa que possam oferecer dados e previsões essenciais às tomadas de decisão.
Entre as responsabilidades do Comitê Municipal Permanente de Crise estariam o monitoramento contínuo dos níveis dos rios e igarapés; a articulação de ações emergenciais e preventivas; o planejamento e a execução de campanhas de conscientização pública sobre as ações de prevenção e resposta e o estabelecimento de uma comunicação direta e eficaz com as comunidades mais vulneráveis no estabelecimento de procedimentos de segurança.