O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) trocaram acusações nesta quinta-feira (15/5), durante sessão no Congresso. A discussão ocorreu devido às investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, com descontos indevidos em benefícios previdenciários, registrados desde 2020.
Durante sua fala, Queiroz responsabilizou Moro, lembrando que as denúncias foram levadas à Polícia Federal ainda em 2020, quando o senador ocupava o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro. “Parece que Vossa Excelência era ministro da Justiça nessa época. Fez alguma coisa para coibir essas fraudes?”, provocou o ministro.
Sérgio Moro e Wolney discutem sobre fraude do INSS pic.twitter.com/VlIsSA1gOY
— Rede Onda Digital (@redeondadigital) May 15, 2025
Moro reagiu de imediato, alegando que as informações nunca chegaram ao seu conhecimento enquanto esteve no ministério. “Os fatos nunca foram informados a mim como foram informados a Vossa Excelência em 2023”, respondeu Moro, elevando o tom.
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A discussão prosseguiu, com Queiroz insistindo na responsabilidade de Moro e afirmando que, como ministro, ele “tinha obrigação de acompanhar” as denúncias. O senador rebateu, acusando o atual governo de tentar repassar a culpa por falhas administrativas. “Foi o seu governo que chamou a polícia. Vossa Excelência quis me acusar de algo de forma imprópria”, disparou Moro, referindo-se à gestão do presidente Lula.
O clima se intensificou quando Queiroz sugeriu que Moro deveria ter mais responsabilidade, por ter ocupado o Ministério da Justiça. “O senhor tinha muito mais obrigação de saber disso do que eu”, afirmou o ministro.
As investigações dizem respeito a descontos irregulares em aposentadorias e pensões, feitos sem autorização dos segurados. O caso voltou à tona após reportagens recentes mostrarem que os abusos continuam ocorrendo, afetando beneficiários em todo o país.