O vereador Raiff Matos (DC) revelou, em entrevista ao programa Fiscaliza Geral da TV Onda Digital, na manhã desta terça-feira (22), que um grupo de 22 vereadores está conversando para lançar uma candidatura competitiva à presidência da Câmara Municipal de Manaus.
“Hoje são três grupos que estão se articulando, mas o nosso tem hoje 22 vereadores. estamos tentando ampliar para ter uma gordurinha a mais no dia da eleição, e certamente temos três ou quatro nomes que podem ser o próximo presidente”, revelou o vereador.
Raiff descartou uma candidatura dele por se achar inexperiente para exercer o cargo mais importante do parlamento municipal, mas garantiu que está conversando muito e participará ativamente do processo. Ele descartou ainda uma composição com um candidato que possa ser indicado pelo prefeito David Almeida (Avante), com quem o grupo, formado majoritariamente por vereadores governistas, tem tido uma relação fria desde o início do ano.
“Eu sempre acreditei que a Câmara pode ser independente, vou luTar por isso, mas o prefeito está calado, não tem conversado, mas acho que até o dia da eleição ele vai indicar alguém”, avaliou Raiff.
Para o vereador o desgaste na relação entre o grupo de 22 vereadores e o executivo municipal foi adensado pela manobra comandada pelo atual presidente, David Reis (Avante), para mudar a Lei Orgânica e garantir a possibilidade dele tentar a reeleição. “Isso desgastou muito a relação, pois acreditamos que a alternância no poder é necessária”, disse.
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Raiff Matos avalia que a manobra de David Reis está inviabilizada por conta dos prazos regimentais que terão de ser cumpridos para a aprovação de uma mudança na lei orgânica. Se começar a tramitar hoje, não haverá tempo para ser aprovada até o dia 5 de dezembro, dia marcado para a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara.
Por conta dessa impossibilidade de tempo, um plano B foi deflagrado pelo grupo mais ligado a David Reis, que é convencer o vereador Wanderley Assis (Avante), que está eleito deputado estadual, a renunciar e abrir espaço para o diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, que viria para a CMM e já seria eleito presidente. “Acho que isso não vai acontecer”, resumiu o democrata cristão.