O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), viu sua popularidade digital crescer de forma expressiva durante a crise que assola o estado desde abril. No entanto, a maioria das menções ao político nas redes sociais foram negativas, segundo dados do Índice de Popularidade Digital (IPD) elaborado pela consultoria Quaest.
Os resultados da pesquisa foram divulgados nesta sexta-feira (24/5), pelo jornal O Globo.
O IPD, que varia de 0 a 100 pontos e leva em conta critérios como presença digital, engajamento e diferença entre reações positivas e negativas, mostrou que Leite ultrapassou figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que habitualmente liderava o ranking.
Saiba mais:
- Moraes diz que não há previsão para adiar eleições no RS após Eduardo Leite defender ideia
- “Serão necessários, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir o Rio Grande do Sul”, diz Eduardo Leite
Sozinho, o governador gaúcho concentrou 48% das menções feitas a governadores, enquanto o governador paulista teve apenas 20% das citações. Os demais gestores ficaram abaixo da marca de dois dígitos.
Apesar da visibilidade nacional, as críticas sobre a condução de Leite na crise social, ambiental e climática que atinge o Rio Grande do Sul aumentaram. A maioria das menções negativas envolve a alteração do Código Ambiental estadual e a escolha de uma entidade privada para administrar as doações via Pix ao governo gaúcho. Além disso, o governador é acusado de usar a tragédia para autopromoção.
O pico de buscas realizadas com o nome de Eduardo Leite ocorreu no dia 15 de maio, após declaração em que ele demonstrava preocupação com o impacto das doações de outros estados sobre o comércio local. A reação negativa gerou um pedido de desculpas do governador, que afirmou ter sido interpretado de forma equivocada.
Embora a maioria das críticas seja desfavorável, o levantamento da Quaest também mostrou algumas mensagens de apoio ao governador. Entretanto essas manifestações positivas se restringem principalmente aos perfis oficiais de Eduardo Leite nas redes sociais, enquanto o restante do ambiente digital é dominado por críticas.
*com informações de Carta Capital