O senador Plínio Valério (PSDB-AM) denunciou nesta terça (27/2) a exploração das famílias de pescadores de pirarucu no Amazonas, apontando para um programa conduzido pela ONG Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
Durante seu discurso na tribuna, o senador ressaltou a necessidade de maior conscientização por parte dos parlamentares em relação a esse problema persistente.
“Não me limito a uma única nota; aprecio todos os tipos de música e dançaria ao som de qualquer uma delas. Mas, enquanto não houver um entendimento profundo do Brasil de que nós, na Amazônia, estamos sendo explorados, continuaremos aqui a clamar e a protestar”, afirmou Plínio Valério.
Até qdo esses aproveitadores vão continuar com suas vidas nababescas as custas da exploração de nossos ribeirinhos? É a bioeconomia da miséria no Amazonas alimentada por ONGs que se vendem como boazinhas como a Fundação Amazônia Sustentável ( FAS) pic.twitter.com/TxPMOe7TtR
— Plínio Valério (@PlinioValerio45) February 27, 2024
O programa, denominado “piraruclub”, tem sido alvo de controvérsias devido à discrepância entre os valores arrecadados com a comercialização do pirarucu de manejo, em 2023, e os montantes repassados às 110 famílias participantes, que totalizaram apenas R$ 119,00 por mês para cada uma delas.
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Expressando sua indignação com a situação, o senador afirmou que os pescadores estão sendo mantidos em uma forma de escravidão.
“Enquanto os patrocinadores desfrutam de luxo, os ribeirinhos são subjugados e enganados pela ilusão de uma renda substancial”, acusou.
Além disso, Plínio Valério destacou a discrepância entre os valores mensais recebidos pelos pescadores e o montante que efetivamente deveriam receber, argumentando que os pagamentos atuais são inadequados.
“Se dividirmos R$ 158 mil entre 110 famílias, chegaremos a uma renda anual de R$ 1.436,36 por família, ou R$ 119,69 por mês. Considerando que cada família é composta por quatro pessoas, concluímos que a renda mensal por pessoa envolvida é de aproximadamente R$ 29”, criticou o senador.