A coligação Pelo Bem do Brasil, composta pelo PL, legenda do presidente Jair Bolsonaro, protocolou, nesta terca-feira (22), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) levantamento feito pelo Instituto Voto Legal que aponta ter encontrado “desconformidades irreparáveis no funcionamento das urnas” usadas no segundo turno da eleição geral deste ano.
O documento preparado por encomenda do PL aponta “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”. O instituto foi contratado pelo PL para uma auditoria independente, mas não fala sobre a eleição do primeiro turno.
Com esse argumento, a coligação pede que “sejam invalidados votos das urnas em que sejam comprovadas desconformidades de mau funcionamento”. O relatório tem 33 páginas e pede a anulação de votos computados em 250 mil urnas.
A nova tentativa de questionar a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia sido anunciada na última semana pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O partido inclusive convocou uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (22) para anunciar detalhes da representação ingressada no TSE.
Costa Neto já havia adiantado, em um vídeo, que um estudo encomendado pela legenda havia encontrado problemas na identificação de cerca de 250 mil urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020. De acordo com o dirigente partidário, as urnas antigas teriam todas um único número de patrimônio, que é uma espécie de RG de cada equipamento.
Em coletiva à imprensa, na tarde desta terça, Costa Neto ressaltou que o PL não é especialista em dados. Por isso, contratou o instituto e o especialista e engenheiro Carlos Rocha para fazer a análise: “É o trabalho de especialistas renomados”, disse.