Após decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), tornando-a inelegível por oito anos, a oposição e aliados da deputada se manifestaram nas redes sociais. Segundo eles, a decisão se trata de “perseguição política” e ignora “a vontade popular” expressa nas urnas.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou sua conta no X (antigo Twitter) para criticar a decisão do TRE-SP, afirmando que ela “reforça a polarização e perseguição à direita ao dar como desculpa ‘disseminação de fake news‘”. O parlamentar também argumentou que “o que o povo dá só ele deveria poder tirar, ainda que indiretamente através de votação dos seus representantes eleitos”.
(Foto: Reprodução/X)
No Instagram, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, manifestou apoio à amiga:
“Carlinha, receba meu abraço de solidariedade. Que Deus te proteja e te conceda a verdadeira paz, que excede todo entendimento”, escreveu em um story.
(Foto: Reprodução/X)
A deputada Bia Kicis (PL-DF) seguiu a mesma linha de argumentação e classificou a cassação de Zambelli como “absurda”, afirmando que “ignora a vontade popular”. Em uma publicação no X, Kicis declarou:
“Afinal de contas, de que adianta o povo votar e eleger e a justiça cassar baseada em narrativas não previstas em lei? Perseguição política, é disso que se trata. Querem exterminar a direita. Minha solidariedade à Carla Zambelli”.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também se manifestou contra a decisão e declarou que a democracia brasileira “tem vivido tempos sombrios”, reforçando o argumento de que os votos recebidos por Zambelli deveriam ser respeitados.
“Infelizmente, a democracia brasileira tem vivido tempos sombrios. Meu total apoio à Zambelli. Estou na torcida para que essa decisão seja revista”, disse.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu pela cassação do mandato de Zambelli, por 5 votos a 2. A parlamentar foi considerada culpada por abuso de poder político ao disseminar desinformação eleitoral durante as eleições de 2022. A decisão também a torna inelegível por oito anos, mas ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permitindo que ela permaneça no cargo enquanto o processo segue em instâncias superiores.
A oposição e aliados de Zambelli classificaram a decisão como “perseguição política” e alegaram que a medida ignora “a vontade popular” expressa nas urnas. A deputada recebeu 946.244 votos na eleição de 2022 e, segundo seus apoiadores, quase um milhão de eleitores podem ter seus votos “jogados no lixo”.
A cassação de Carla Zambelli pelo TRE-SP reacende o debate sobre o impacto da desinformação nas eleições e a atuação da Justiça Eleitoral. O caso agora segue para o TSE, que será responsável por dar a palavra final sobre o futuro político da deputada.