O personagem folclórico Curupira, símbolo da proteção das florestas na cultura indígena brasileira, tornou-se o centro de uma “discussão” nas redes sociais entre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). A figura foi escolhida como mascote oficial da COP30, a conferência climática da ONU que ocorrerá em Belém, capital paraense, de 10 a 21 de novembro.
Nikolas Ferreira ironizou a escolha em seu perfil na rede X (antigo Twitter) dizendo:
“Excelente escolha pra representar o Brasil e nossas florestas: anda para trás e pega fogo”.

A resposta veio do governador Helder Barbalho, que usou as redes X e Instagram para rebater.
“Enquanto uns mostram que andam pra trás ao não reconhecer a cultura e o folclore do nosso país, a gente avança fazendo o mundo inteiro voltar os olhos ao Brasil e ao Pará como grandes protagonistas das discussões e iniciativas em prol da preservação do meio ambiente e dos povos da floresta”, escreveu.
Barbalho destacou ainda que o Curupira, a quem chamou de “nosso protetor”, seguirá como símbolo oficial da conferência climática. A escolha da figura, segundo ele, reforça o compromisso com a valorização da Amazônia, dos povos originários e da luta contra o aquecimento global.

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De acordo com a lenda indígena, o Curupira tem os pés virados para trás justamente para despistar caçadores e proteger a mata contra invasores. A figura também é descrita como uma criança de cabelos flamejantes e portadora de uma lança.
Em nota oficial, a organização da COP30 afirmou que a escolha do personagem representa o comprometimento do Brasil com a redução das emissões de gases de efeito estufa e com a proteção ambiental. A figura do Curupira, segundo a nota, simboliza o protagonismo da Amazônia e das comunidades que dela dependem.