O MPE (Ministério Público Eleitoral) pediu a cassação do deputado federal eleito pelo Amazonas Adail Filho (Republicanos), da deputada estadual reeleita Mayara Pinheiro (Republicanos) e do deputado estadual eleito Thiago Abrahim (União Brasil). A representação do MPE alega que eles cometeram infração às regras da Lei Eleitoral na campanha deste ano.
A representação que pede pela cassação inclui arrecadação e gastos ilícitos de recurso contra Adail e Mayara, uma representação eleitoral por condutas vedadas contra Adail, Mayara, Thiago e outros sete funcionários públicos, e uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) por abuso de poder econômico contra Adail.
Além disso, a Procuradoria Regional Eleitoral do Amazonas também pede a quebra do sigilo bancário de Adail e Mayara.
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O MPE acusa Adail, Mayara, Thiago e outros aliados políticos deles de usarem bens das prefeituras de Tefé, Itacoatiara e Coari para impulsionar suas candidaturas por municípios do interior do estado, antes e durante o período previsto em legislação.
Adail e Mayara teriam usado um avião alugado pela Prefeitura de Coari para fazer viagens pelo interior do Amazonas. Atualmente, a prefeitura coariense é comandada pelo primo deles, Keitton Pinheiro, vencedor de eleição suplementar realizada em dezembro de 2021, ocorrida em virtude da cassação de Adail Filho. Este, por sua vez, teria publicado vídeos e fotos de suas viagens pelo interior em suas redes sociais e o TRE-AM (Tribunal Regional Eleitoral) chegou a multá-lo em R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada.
A representação também lista ação da prefeitura de Itacoatiara que teria beneficiado Adail, Mayara e Thiago – que é filho do prefeito da cidade, Mário Abrahim: a distribuição gratuita de malhadeiras, caixas de isopor e motor rabeta a pescadores. O município de Tefé também teria colocado um servidor público, identificado como “Jociney”, para ajudar na carreata de Adail na cidade, ocorrido em abril.
A AIJE visa apurar sobre as viagens aéreas feitas por Adail entre abril e agosto deste ano pelo interior do estado, com o objetivo de lhe dar visibilidade. A procuradoria eleitoral pede que Adail seja condenado a 8 anos de inegibilidade.