O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (02/01) que o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) deixe a prisão para realizar um exame cardíaco conhecido como cineangiocoronariografia.
O procedimento, semelhante ao cateterismo, é essencial para estudar o funcionamento do coração e das artérias coronárias, podendo indicar a necessidade de uma eventual cirurgia cardíaca.
O exame será realizado em Campo Grande (MS), onde o deputado está preso na penitenciária federal da cidade enquanto aguarda julgamento. Brazão, que é acusado de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, será escoltado pela Polícia Federal até o local do procedimento, conduzido por um cardiologista escolhido por ele.
De acordo com a decisão de Moraes, a defesa do deputado deve informar com cinco dias de antecedência a data, hora e local do exame. O cardiologista que avaliou Brazão na prisão afirmou que o procedimento é “essencial”, embora o quadro clínico do deputado esteja estável no momento.
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Prisão domiciliar a Chiquinho Brazão foi negada
No final de dezembro, a defesa de Brazão solicitou que ele fosse colocado em prisão domiciliar para realizar a cirurgia cardíaca. Contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrária, argumentando que não havia indícios de debilidade física que justificassem a mudança. Moraes manteve a prisão preventiva do deputado.
Alexandre de Moraes é o relator no STF da ação penal referente ao assassinato de Marielle Franco. Além de Chiquinho Brazão, também são réus no caso Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, o major Ronald Paulo Pereira e o policial militar Robson Calixto Fonseca. Até o momento, não foi marcada a data para o julgamento.
*Com informações de UOL e CNN