A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou um aumento no custeio das equipes de Saúde da Família Ribeirinha. O pronunciamento foi feito durante agenda oficial em Manaus, onde a ministra visitou a Unidade Básica de Saúde Ribeirinha da Comunidade Nossa Senhora de Fátima e a Unidade Básica de Saúde Fluvial, ambas localizadas na zona rural da capital amazonense.
O aumento no financiamento reflete o compromisso do governo federal com a equidade no acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2022, os recursos destinados às equipes de Saúde da Família Ribeirinha eram de R$ 80,5 milhões. Com a nova ampliação, esse valor mais que dobrou, chegando a R$ 168,1 milhões em 2024. O objetivo é também aumentar a quantidade de equipes atuantes, passando das atuais 310 para 340 até o final de 2025.
Saiba mais:
- Ministra da Saúde garante que Brasil é capaz de enfrentar novas pandemias
- Lula faz afago à ministra da Saúde após críticas durante lançamento do SUS Digital
A atenção primária é fundamental para garantir atendimento médico e prevenção de doenças, especialmente em regiões remotas. No Amazonas, a Unidade Básica de Saúde Ribeirinha da Comunidade Nossa Senhora de Fátima realiza mensalmente mais de 500 atendimentos, beneficiando diretamente 625 famílias e 2,4 mil pessoas.
Já a Unidade Básica de Saúde Fluvial atende regularmente 820 famílias, alcançando cerca de 2,6 mil moradores da região. Com infraestrutura para realizar exames e oferecer atendimento multidisciplinar, a UBSF transporta aproximadamente 800 pessoas em cada viagem, reforçando a importância dessa estrutura para a saúde local.
As equipes de Saúde da Família Ribeirinha são estratégicas para atender às demandas específicas da Amazônia Legal e do Pantanal Sul-Mato-Grossense. O desafio de levar assistência médica e odontológica a regiões de difícil acesso é superado com a atuação de profissionais dedicados, que garantem a inclusão social e a equidade no acesso ao SUS.
Quem é a ministra da Saúde?
A mnistra Nísia Trindade Lima é a primeira mulher a chefiar o Ministério da Saúde. Nísia também foi a primeira mulher a presidir a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição histórica de ciência e tecnologia e referência internacional, entre 2017 e 2022.
Nísia é doutora em Sociologia (1997), mestre em Ciência Política (1989), pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj – atual Iesp) e graduada em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj, 1980).