O Ministério da Justiça e Segurança Pública emitiu uma portaria na segunda-feira (13) que modifica as normas de acesso à sede do órgão, após a esposa de um suposto líder de facção criminosa participar de encontros no prédio com secretários e gestores.
Luciane Barbosa Farias, conhecida como “dama do tráfico amazonense” e esposa de Clemilson dos Santos Farias, supostamente líder do Comando Vermelho no estado, esteve presente pelo menos duas vezes no Palácio da Justiça este ano. A mudança inclui agora a obrigação de um cadastro com antecedência de 48 horas para acesso a reuniões no ministério.
Os visitantes devem fornecer nome e CPF, permitindo uma verificação pela equipe de inteligência para evitar situações semelhantes. Apesar de reconhecer a visita de Luciene, o ministério esclareceu que ela não foi a solicitante da audiência, mas sim uma entidade de advogados.
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A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como dirigentes. Luciene, condenada em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa, está recorrendo em liberdade da sentença de dez anos de prisão. Seu marido, Tio Patinhas, cumpre 31 anos de prisão no Amazonas.