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Marielle Franco: delação de Lessa revela promessa de loteamentos em troca de assassinato

Em trechos da delação premiada firmada pelo ex-policial militar Ronnie Lessa à Polícia Federal, divulgados pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (26/5), detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco vieram à tona. Lessa revelou que os mandantes do crime ofereceram a ele e a outro comparsa dois loteamentos clandestinos na zona Oeste do Rio de Janeiro para a instalação de uma nova milícia. A exploração imobiliária irregular no local poderia render mais de 20 milhões de dólares.

Lessa admitiu ter assassinado Marielle a mando dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. Segundo o ex-PM, a proposta envolvia ele e o também ex-PM Edimilson de Oliveira, conhecido como Macalé, assassinado em 2021.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época, daria mais de US$ 20 milhões. A gente não está falando de pouco dinheiro (…) Ninguém recebe uma proposta de receber US$ 10 milhões simplesmente para matar uma pessoa. Uma coisa impactante realmente”, afirmou Lessa.

Apesar de não detalhar quando o empreendimento imobiliário ilegal teria início, o delator disse que seria um dos donos.

“A gente ia criar uma milícia nova. Então ali teria a exploração de ‘gatonet’, a exploração de kombis, venda de gás… A questão valiosa é depois. A manutenção da milícia que vai trazer voto”, confessou.


Saiba mais:


Sociedade com os irmãos Brazão

Na delação, Lessa contou ainda que faria parte de uma “sociedade” com os irmãos Brazão. “Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle, como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade”.

Os terrenos envolvidos nas negociações estão localizados em Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda segundo o delator, Marielle era considerada “uma pedra no caminho”. Ela teria convocado reuniões com lideranças comunitárias para discutir a oposição aos novos loteamentos da milícia.

Lessa afirmou ter se reunido três vezes com os mentores do crime, duas antes do assassinato e uma depois.

“O Domingos fala mais e o Chiquinho concorda. E o local escuro, propício ao encontro. Um encontro secreto porque a situação pedia uma coisa dessa, isso seria muito mais inteligente do que sentar numa churrascaria”, revelou.

Envolvimento de Rivaldo Barbosa

O ex-PM citou também o envolvimento de Rivaldo Barbosa como um dos autores intelectuais do assassinato. Segundo Lessa, o delegado foi crucial para a execução do crime contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Rivaldo teria recebido 400 mil reais para obstruir as investigações.

Freixo como alvo inicial

Curiosamente, Marielle não foi a primeira escolha de vítima dos irmãos Brazão. O ex-deputado Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, foi considerado inicialmente, mas Lessa conseguiu dissuadir os mandantes devido à projeção política de Freixo, que poderia gerar uma repercussão maior.

O relatório da Polícia Federal revelou que durante a preparação para o crime, Lessa realizou pesquisas online sobre outros políticos do PSOL, incluindo Freixo, que havia aberto a CPI das Milícias em 2008. O relatório final da CPI mencionou os irmãos Brazão como beneficiários de um “curral eleitoral” sustentado pela milícia de Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio.

Defesa dos acusados

Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa negam a autoria dos crimes. Segundo o advogado dos Brazão, não existem elementos que sustentem a versão de Lessa. A defesa de Rivaldo Barbosa também nega seu envolvimento, afirmando que o delegado nunca teve contato com os irmãos e não recebeu qualquer valor ilícito.

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa estão presos preventivamente enquanto aguardam julgamento.

*com informações de Carta Capital e G1

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Em trechos da delação premiada firmada pelo ex-policial militar Ronnie Lessa à Polícia Federal, divulgados pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (26/5), detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco vieram à tona. Lessa revelou que os mandantes do crime ofereceram a ele e a outro comparsa dois loteamentos clandestinos na zona Oeste do Rio de Janeiro para a instalação de uma nova milícia. A exploração imobiliária irregular no local poderia render mais de 20 milhões de dólares.

Lessa admitiu ter assassinado Marielle a mando dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão. Segundo o ex-PM, a proposta envolvia ele e o também ex-PM Edimilson de Oliveira, conhecido como Macalé, assassinado em 2021.

“Era muito dinheiro envolvido. Na época, daria mais de US$ 20 milhões. A gente não está falando de pouco dinheiro (…) Ninguém recebe uma proposta de receber US$ 10 milhões simplesmente para matar uma pessoa. Uma coisa impactante realmente”, afirmou Lessa.

Apesar de não detalhar quando o empreendimento imobiliário ilegal teria início, o delator disse que seria um dos donos.

“A gente ia criar uma milícia nova. Então ali teria a exploração de ‘gatonet’, a exploração de kombis, venda de gás… A questão valiosa é depois. A manutenção da milícia que vai trazer voto”, confessou.


Saiba mais:


Sociedade com os irmãos Brazão

Na delação, Lessa contou ainda que faria parte de uma “sociedade” com os irmãos Brazão. “Então, na verdade, eu não fui contratado para matar Marielle, como um assassino de aluguel. Eu fui chamado para uma sociedade”.

Os terrenos envolvidos nas negociações estão localizados em Jacarepaguá, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda segundo o delator, Marielle era considerada “uma pedra no caminho”. Ela teria convocado reuniões com lideranças comunitárias para discutir a oposição aos novos loteamentos da milícia.

Lessa afirmou ter se reunido três vezes com os mentores do crime, duas antes do assassinato e uma depois.

“O Domingos fala mais e o Chiquinho concorda. E o local escuro, propício ao encontro. Um encontro secreto porque a situação pedia uma coisa dessa, isso seria muito mais inteligente do que sentar numa churrascaria”, revelou.

Envolvimento de Rivaldo Barbosa

O ex-PM citou também o envolvimento de Rivaldo Barbosa como um dos autores intelectuais do assassinato. Segundo Lessa, o delegado foi crucial para a execução do crime contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Rivaldo teria recebido 400 mil reais para obstruir as investigações.

Freixo como alvo inicial

Curiosamente, Marielle não foi a primeira escolha de vítima dos irmãos Brazão. O ex-deputado Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur, foi considerado inicialmente, mas Lessa conseguiu dissuadir os mandantes devido à projeção política de Freixo, que poderia gerar uma repercussão maior.

O relatório da Polícia Federal revelou que durante a preparação para o crime, Lessa realizou pesquisas online sobre outros políticos do PSOL, incluindo Freixo, que havia aberto a CPI das Milícias em 2008. O relatório final da CPI mencionou os irmãos Brazão como beneficiários de um “curral eleitoral” sustentado pela milícia de Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio.

Defesa dos acusados

Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa negam a autoria dos crimes. Segundo o advogado dos Brazão, não existem elementos que sustentem a versão de Lessa. A defesa de Rivaldo Barbosa também nega seu envolvimento, afirmando que o delegado nunca teve contato com os irmãos e não recebeu qualquer valor ilícito.

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa estão presos preventivamente enquanto aguardam julgamento.

*com informações de Carta Capital e G1

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