A entrevistada do Portal Onda Digital para o Especial Dia das Mães é a empresária, contadora, professora e advogada Maria do Carmo Seffair Lins de Albuquerque, que fundou em Manaus a Faculdade Fametro, além de ser gestora do novo Tropical Hotel e da Santa Casa de Misericórdia de Manaus.
Atualmente, Maria do Carmo é pré-candidata ao Governo do Amazonas pelo Partido Liberal.
Neste Dia das Mães que celebra a gratidão à todas as mães amazonenses, além de honrar as figuras maternas e mulheres que desempenham um papel importante na vida das pessoas, Maria do Carmo conversou com a jornalista Ana Flávia Oliveira, da Rede Onda Digital, onde abriu o coração para falar como mãe e avó.
Maria do Carmo é casada com Wellington Lins de Albuquerque, tem três filhos: Wellington Júnior, Leandro e Maria Eugênia. Nove netos, Wellington Neto, Maria, Luiza, Bernardo, Pedro, Maria Izabel, João, e os gêmeos Estevão e Gabriel.
Leia na íntegra a entrevista com Maria do Carmo:
Rede Onda Digital – Neste Dia das Mães, o que significa para a senhora conciliar a maternidade com a vida pública e empresarial?
Maria do Carmo – Eu sempre tive que conciliar a responsabilidade com filhos, marido e casa com a minha carreira. Não está sendo diferente agora que me tornei mulher que faz política. Na verdade, acho que isso é uma das coisas que me diferencia dos demais políticos, ser mulher e ter passado tudo que uma mãe que quer e precisa se dedicar a sua vida profissional passa pra conquistar o seu espaço.
Rede Onda Digital – Em sua trajetória como empresária e mãe, houve momentos em que precisou abrir mão de algo por causa das responsabilidades familiares? Como superou esses desafios?
Maria do Carmo – Nunca abri mão dos meus princípios e nem nos meus ideais. Claro que já enfrentei muitas dificuldades, ter que morar em uma cidade, estudar e trabalhar em outra com filho pequeno, acordar cedo e dormir tarde, mas nunca desisti dos meus sonhos.
Rede Onda Digital – Quais valores da maternidade a senhora acredita que mais influenciam sua forma de liderar e tomar decisões?
Maria do Carmo – O olhar para as pessoas, para os detalhes. Toda mãe tem esse instinto apurado para cuidar e, particularmente, tenho essa vocação. Desde muito nova sempre pratiquei o voluntariado, faço parte de vários projetos solidários e na minha vida como um todo sempre valorizei as pessoas que estão ao meu lado.
Rede Onda Digital – De que forma sua experiência como mãe impacta sua visão sobre políticas públicas voltadas para a infância e a família?
Maria do Carmo – A família é a base da sociedade, base da nossa formação enquanto pessoas e onde formamos nosso conceito de mundo, positivo ou negativo. Investir na família é investir em mais vagas em creche, ensino de qualidade, em saúde, emprego e tudo aquilo que vai garantir que um pai e uma mãe possam criar sua família com dignidade. Infelizmente, o que temos visto são políticos cada dia mais ricos e a população cada dia mais pobre. Precisamos quebrar esse ciclo e a política é a ferramenta mais poderosa de transformação social.
Rede Onda Digital – Como mãe, quais são suas maiores preocupações em relação ao futuro das crianças e jovens no Amazonas?
Maria do Carmo – A falta de oportunidade. Estamos perdendo nossos jovens para o tráfico pela falta de oportunidade. É preciso investir na educação integral e transformadora, no esporte e em um ambiente propício ao surgimento de novos negócios, porque o emprego é o melhor programa social. Na Fametro, a gente busca tornar nosso aluno protagonista, com senso-critico, um cidadão consciente, e sempre direcionado ao seu melhor aproveitamento no mercado de trabalho. Isso tem feito a diferença na vida de muitas pessoas.
Rede Onda Digital – A senhora acredita que a participação de mais mulheres e mães na política pode transformar o modo de fazer gestão pública? Por quê?
Maria do Carmo – Certamente. Somos a maioria da população, do eleitorado, as mulheres já são a maioria até como chefes de família. Ter mais mulheres na política é uma questão de democracia. A gente precisa dessa representatividade nos espaços de poder, e temos muito a contribuir para uma sociedade mais justa.
Rede Onda Digital – O que a maternidade lhe ensinou que a senhora levaria para o cargo de governadora, caso eleita?
Maria do Carmo – A gente precisa olhar para o que realmente te importa: as pessoas. Se eleita governadora, vou colocar toda minha experiência de mais de 40 anos fazendo gestão na iniciativa privada a serviço do meu Estado para mostrar o que administrar de verdade, com metas e resultados. Vou mostrar que a política muda a vida das pessoas e que o Amazonas pode ser muito mais. Eu quero deixar um legado de realizações para o povo do meu Estado, mais do que já fizemos com a Fametro, com o Tropical Hotel e a Santa Casa de Misericórdia.
Rede Onda Digital – Que mensagem a senhora gostaria de deixar para as mães amazonenses neste dia especial?
Maria do Carmo – Eu espero que este seja um dia de muito reconhecimento pela dedicação diária aos filhos, companheiros, companheiras, aos pais, ao trabalho… ser mãe e ser mulher é isso, é cuidar de tudo e de todos. Meu compromisso, caso chegue a me tornar a primeira mulher a governar o Amazonas, é trazer esse olhar sensível que toda mãe tem para cuidar das pessoas, para fazer com que as políticas públicas de fato funcionem para melhorar a vida das pessoas.
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Conheça Maria do Carmo
Maria do Carmo Seffair, nasceu em Manaus. Passou a infância e parte da juventude na Vila Georgete, na Lauro Cavalcante, no Centro Histórico, em uma casa de dois cômodos. Descendente de uma família de libaneses. O pai, Mansur Seffair, nascido no Líbano, foi criado por seus tios. Com eles, aprendeu o ofício de contador e passou a trabalhar com os comerciantes libaneses na área do Mercado Adolpho Lisboa. Desde cedo, aprendeu com a mãe Regina, a importância da educação e do trabalho como forma de crescer e ter uma vida digna.
Começou a trabalhar muito cedo. Aos 15 anos, já era assistente de professora no Colégio Santa Dorotéia. Aos 16, conheceu o marido, Wellington, e se casaram quando ela tinha 19 anos.
No início, enfrentaram muitas dificuldades. O casal morava em um quarto cedido pelos pais de Maria do Carmo, que naquela época já residiam na Avenida 7 de Setembro. Lá, o casal teve dois filhos.