Lula quer discutir com Trump sanções dos EUA a ministros do STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na madrugada desta sexta-feira (24/10), que pretende discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as sanções aplicadas por Washington a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A declaração foi dada à imprensa após o encerramento da viagem oficial de Lula pela Indonésia.

 “Eu tenho todo o interesse em ter essa reunião, toda a disposição de defender os interesses do Brasil, mostrar que houve equívoco nas taxações ao Brasil. E quero discutir a punição que foi dada a ministros da Suprema Corte do Brasil, [algo que] não tem nenhuma explicação”, disse o presidente.

As sanções norte-americanas atingiram sete ministros do STF, em razão da atuação da Corte no julgamento dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado ocorrida durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Saiba mais: 

Lindbergh Farias aciona STF contra Flávio Bolsonaro por post pedindo “ajuda militar” dos EUA

“A vida dessas pessoas é mais suja do que corda de amarrar pato”, diz David Almeida sobre adversários

Encontro na Malásia

Lula e Trump devem se encontrar na Malásia, durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e o Encontro de Líderes do Leste Asiático (EAS). Será o primeiro encontro oficial entre os dois desde a breve interação ocorrida na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, em Nova York.

Na ocasião, o contato durou poucos minutos, mas deixou boa impressão em ambos os líderes. Trump chegou a dizer que Lula parecia “um homem muito agradável” e que havia “uma química excelente” entre os dois.

Dias depois, os presidentes conversaram por telefone, quando o brasileiro pediu a retirada da sobretaxa de 50% imposta aos produtos brasileiros.

Lula afirmou que pretende abordar uma pauta ampla com o norte-americano.

“Eu quero ter a oportunidade de dizer ao Trump o que o Brasil espera dos Estados Unidos e o que o Brasil tem para oferecer. Não existe veto a nenhum assunto. Vai ser uma reunião livre — a gente vai poder dizer o que quiser, ouvir o que quiser e o que não quiser também”, declarou.

*Com informações da Agência Brasil.