Em encontro com lideranças evangélicas hoje, dia 19, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à presidência, defendeu liberdade religiosa e um estado laico. Ele leu a “carta aos evangélicos” com seus compromissos a este público.
Leia trechos da carta:
“Em meio a este triste escândalo do uso da fé para fins eleitorais, assumo com vocês este compromisso: meu governo jamais vai usar símbolos de sua fé para fins político-partidários, respeitando as leis e as tradições que separam o Estado da Igreja, para que não haja interferência política na prática da fé.
Se Deus e o povo brasileiro permitirem que eu seja eleito, além de manter esses direitos, vou estimular sempre mais a parceria com as Igrejas no cuidado com a vida das pessoas e das famílias brasileiras”.
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Para desmentir informações de que Lula fecharia igrejas caso eleito, a carta afirma:
“Posso lhes assegurar, portanto, que meu governo não adotará quaisquer atitudes que firam a liberdade de culto e de pregação ou criem obstáculos ao livre funcionamento dos templos”.
Em seus discurso, Lula criticou a tentativa de “divisão por meio da fé” vista nas eleições, e chamou o adversário Jair Bolsonaro na disputa presidencial de “psicopata” e “mentiroso”.
Entre o público evangélico, Bolsonaro tem a liderança nas intenções de voto. A princípio a campanha do PT se mostrava dividida entre abordar ou não a questão religiosa tão diretamente, mas diante da necessidade de crescer frente a esse eleitorado, religião passou a fazer parte dos discursos de Lula em entrevistas e programas de TV. Às vésperas do primeiro turno, a campanha dele realizou o primeiro encontro voltado ao eleitorado evangélico na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Na última segunda (17), encontrou-se com representantes católicos e hoje reuniu mais uma vez evangélicos.