O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que os integrantes do chamado “mensalão” continuam exercendo influência dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), apesar de estarem afastados da política institucional.
A declaração ocorreu na última sexta-feira (28/03) durante uma reunião da legenda, em meio às discussões sobre a candidatura de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara, à presidência do partido.
“Alguns dos nossos críticos da candidatura do Edinho dizem que os mensaleiros querem voltar. Primeiro, eu nunca saí. Nem o Delúbio [Soares], nem o Vaccari [Neto], nem o João Paulo [Cunha]. Nós nunca saímos”, afirmou Dirceu, sendo aplaudido por diversos membros do partido.
Crise interna e disputa pela presidência do PT
A escolha de Edinho Silva gerou atritos dentro do PT, tornando pública uma divisão interna na sigla. No início de março, uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a deputada Gleisi Hoffmann e outras lideranças foi vazada para a imprensa. Segundo informações, Gleisi, na época, ainda no cargo, teria se manifestado contra a candidatura de Edinho, o que intensificou os embates.
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A principal corrente interna do PT, “Construindo um Novo Brasil” (CNB), divulgou uma nota oficial após o episódio, alegando que o encontro com Lula tinha como objetivo fortalecer a unidade do partido, mas acabou sendo explorado como um “instrumento de luta interna”.
Atualmente, os dois principais nomes cotados para a presidência da legenda são Edinho Silva e o deputado José Guimarães (CE), líder do governo na Câmara.