Inquérito contra ex-ministro Silvio Almeida completa um ano sem solução

O ex-ministro Silvio Almeida. (Foto reprodução/internet)
O inquérito que investiga o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, conduzido pela Polícia Federal (PF), completou um ano nesta semana sem solução definitiva. A apuração envolve denúncias de assédio sexual e importunação atribuídas ao ex-integrante do governo Lula. Quando as acusações se tornaram públicas, em setembro do ano passado, Almeida foi demitido do cargo.
Segundo informações apuradas pela CNN, a demora no desfecho do caso ocorreu após a defesa do ex-ministro solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reabertura das oitivas de todas as testemunhas. O pedido foi atendido pelo ministro André Mendonça, relator do caso na Suprema Corte. A decisão considerou que a delegada responsável pela investigação havia sido substituída, o que justificaria a repetição dos depoimentos.
Atualmente, os interrogatórios estão em fase final. Integrantes da PF acreditam que, após esta etapa, o inquérito será concluído e um relatório com a análise sobre a conduta de Silvio Almeida será encaminhado ao STF.
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Em outubro do ano passado, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, detalhou à Polícia Federal as denúncias de assédio que já havia relatado a colegas do governo. Em seu depoimento, citou datas e ocasiões específicas, reforçando os episódios narrados anteriormente. No caso relacionado a Anielle, a conduta investigada deve ser tipificada como importunação sexual.
Silvio Almeida foi exonerado em 6 de setembro, um dia após a ONG Me Too Brasil tornar públicas as acusações contra ele. Desde então, o ex-ministro tem negado todas as acusações, alegando ser vítima de perseguição política.
Em nova manifestação divulgada pela defesa, Almeida “reafirma que acredita no sistema de justiça para a solução justa desse caso”.
