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Haddad afirma que governo recuou sobre IOF para “evitar especulações”

Uma das principais medidas suspensas pelo governo foi a alíquota sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (23/05), que a decisão do governo federal de recuar em alguns dos aumentos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), poucas horas após o anúncio oficial, na quinta-feira (22), foi motivada por uma “revisão para evitar especulação”.

Durante declaração à imprensa, Haddad destacou que não vê “nenhum problema em corrigir rotas” quando necessário.

Uma das principais medidas suspensas pelo governo foi a alíquota sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior. A decisão foi tomada em uma reunião emergencial no Palácio do Planalto, realizada no final da noite de quinta-feira (22). Participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).

“Comuniquei às 20h para Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, que, muito provavelmente, nós estávamos analisando a possibilidade de rever um item do decreto, para deixar a Casa Civil a postos caso fosse necessário. Mais para o fim da noite nós entendemos que a revisão era justa e correta”, explicou Haddad.

O ministro da Fazenda destacou que a revisão foi realizada antes da abertura do mercado financeiro, justamente para “evitar que um tipo de boataria ou especulação em torno de um objetivo que o governo não tem” ganhasse força entre os investidores. Segundo ele, as medidas são de fácil correção e não configuram um problema estrutural na política econômica.

"Banco Central não pode dar cavalo de pau nos juros", diz Haddad após Selic subir a 14,25% ao ano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Agência Brasil).

Ainda sobre o decreto, Haddad ressaltou que ele serve para fechar brechas relacionadas à sonegação fiscal e frisou que a iniciativa não representa um aumento de tributos.

Estamos praticando um IOF menor do que o governo anterior. Quando alguém da oposição falar disso, tem que perguntar quanto eles estavam cobrando”, declarou.


Saiba mais:


Divergência sobre participação do Banco Central

O episódio também gerou divergências dentro do próprio governo, especialmente no que diz respeito ao envolvimento do Banco Central nas alterações das medidas relacionadas ao IOF. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que Fernando Haddad conversou, na terça-feira (20/5), com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre o tema.

Entretanto, horas depois, o próprio Fernando Haddad negou qualquer tipo de negociação direta com a autoridade monetária.

“Sobre as medidas fiscais anunciadas, esclareço que nenhuma delas foi negociada com o BC”, comentou o ministro em publicação nas redes sociais.

Durante sua fala à imprensa nesta sexta-feira, Haddad reforçou a necessidade de estabelecer limites claros entre as funções do Banco Central e as atribuições do Ministério da Fazenda.

“Não vamos confundir as atribuições de cada um. Eu não revejo decisões do Banco Central e o BC não tem um procedimento de passar as medidas do governo. Há um diálogo sobre economia”, pontuou.

Principais mudanças no IOF

Entre as medidas anunciadas pela Fazenda que sofreram recuo, destaca-se a decisão de restaurar a redação original do decreto nº 6.306, de 2007, que determina imposto zero para “as operações de câmbio, de transferências do e para o exterior, relativas a aplicações de fundos de investimento no mercado internacional”.

A volta ao texto anterior foi bem recebida por setores do mercado financeiro que haviam demonstrado preocupação com as novas alíquotas inicialmente divulgadas.

Governo Lula revoga parte do decreto que aumentava IOF sobre investimentos no exterior após repercussão negativa; entenda
(Foto: Reprodução)

Outra mudança importante foi a revisão da alíquota sobre as remessas enviadas do Brasil para o exterior com finalidade de investimento. A medida editada inicialmente pela Fazenda previa o aumento da taxa de 1,1% para 3,5%.

Entretanto, após análise interna e reuniões com as lideranças do governo, decidiu-se manter a alíquota atual de 1,1%. A elevação havia sido interpretada por parte do mercado como uma tentativa de “controle cambial”.

*Com informações de Poder360

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (23/05), que a decisão do governo federal de recuar em alguns dos aumentos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), poucas horas após o anúncio oficial, na quinta-feira (22), foi motivada por uma “revisão para evitar especulação”.

Durante declaração à imprensa, Haddad destacou que não vê “nenhum problema em corrigir rotas” quando necessário.

Uma das principais medidas suspensas pelo governo foi a alíquota sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior. A decisão foi tomada em uma reunião emergencial no Palácio do Planalto, realizada no final da noite de quinta-feira (22). Participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social).

“Comuniquei às 20h para Bruno Moretti, secretário especial de Análise Governamental da Casa Civil, que, muito provavelmente, nós estávamos analisando a possibilidade de rever um item do decreto, para deixar a Casa Civil a postos caso fosse necessário. Mais para o fim da noite nós entendemos que a revisão era justa e correta”, explicou Haddad.

O ministro da Fazenda destacou que a revisão foi realizada antes da abertura do mercado financeiro, justamente para “evitar que um tipo de boataria ou especulação em torno de um objetivo que o governo não tem” ganhasse força entre os investidores. Segundo ele, as medidas são de fácil correção e não configuram um problema estrutural na política econômica.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Agência Brasil).

Ainda sobre o decreto, Haddad ressaltou que ele serve para fechar brechas relacionadas à sonegação fiscal e frisou que a iniciativa não representa um aumento de tributos.

Estamos praticando um IOF menor do que o governo anterior. Quando alguém da oposição falar disso, tem que perguntar quanto eles estavam cobrando”, declarou.


Saiba mais:


Divergência sobre participação do Banco Central

O episódio também gerou divergências dentro do próprio governo, especialmente no que diz respeito ao envolvimento do Banco Central nas alterações das medidas relacionadas ao IOF. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que Fernando Haddad conversou, na terça-feira (20/5), com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre o tema.

Entretanto, horas depois, o próprio Fernando Haddad negou qualquer tipo de negociação direta com a autoridade monetária.

“Sobre as medidas fiscais anunciadas, esclareço que nenhuma delas foi negociada com o BC”, comentou o ministro em publicação nas redes sociais.

Durante sua fala à imprensa nesta sexta-feira, Haddad reforçou a necessidade de estabelecer limites claros entre as funções do Banco Central e as atribuições do Ministério da Fazenda.

“Não vamos confundir as atribuições de cada um. Eu não revejo decisões do Banco Central e o BC não tem um procedimento de passar as medidas do governo. Há um diálogo sobre economia”, pontuou.

Principais mudanças no IOF

Entre as medidas anunciadas pela Fazenda que sofreram recuo, destaca-se a decisão de restaurar a redação original do decreto nº 6.306, de 2007, que determina imposto zero para “as operações de câmbio, de transferências do e para o exterior, relativas a aplicações de fundos de investimento no mercado internacional”.

A volta ao texto anterior foi bem recebida por setores do mercado financeiro que haviam demonstrado preocupação com as novas alíquotas inicialmente divulgadas.

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(Foto: Reprodução)

Outra mudança importante foi a revisão da alíquota sobre as remessas enviadas do Brasil para o exterior com finalidade de investimento. A medida editada inicialmente pela Fazenda previa o aumento da taxa de 1,1% para 3,5%.

Entretanto, após análise interna e reuniões com as lideranças do governo, decidiu-se manter a alíquota atual de 1,1%. A elevação havia sido interpretada por parte do mercado como uma tentativa de “controle cambial”.

*Com informações de Poder360

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