Geraldo Alckmin, o ex-governador de São Paulo e ex-tucano que possivelmente será o vice de Lula na candidatura do PT à presidência este ano, deixou clara sua apreensão a respeito de falas recentes do ex-presidente sobre a reforma trabalhista brasileira colocada em vigor em 2017.
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Numa padaria acompanhado do presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, e com a presença da imprensa, o ex-governador disse ontem que o mercado ficou “preocupado” com a intenção, manifestada por Lula e lideranças do PT na semana passada, de revogar a reforma aprovada no governo Michel Temer caso seja eleito.
Paulinho afirmou na conversa que as centrais sindicais não farão pressão para revogar toda a reforma. Alckmin fez questão de reafirmar sua intenção de “pensar em mais emprego e renda para o povo brasileiro”.
Após ter deixado o PSDB em 15 de dezembro, Geraldo Alckmin ainda não se filiou a nenhum partido. Sua aliança com Lula numa chapa pela presidência é uma forte possibilidade, mais ainda não firmada. Essa aliança, porém, é polêmica: alguns setores do PT têm demonstrado oposição a ela, e em caso de filiação de Alckmin ao PSB, o que é outra possibilidade, petistas não aceitarão apoiar candidatos do partido aos governos de alguns estados. O Solidariedade convidou Alckmin oficialmente neste encontro para se filiar, mas o ex-governador ainda estuda as possibilidades.
Via Estadão.