A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) entrou com uma representação na Justiça contra o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, para que ele responda por racismo. Além disso, a parlamentar também acionou o Itamaraty solicitando que ele seja declarado persona non grata no Brasil.
A polêmica teve início na última segunda-feira (17/03), durante o sorteio da Libertadores realizado em Luque, no Paraguai. Na ocasião, Domínguez afirmou que não consegue imaginar a competição sem clubes brasileiros, comparando a situação a “Tarzan sem Chita”. A expressão foi considerada racista e repercutiu na internet.

Indignada com a declaração, Erika Hilton utilizou as redes sociais para se manifestar contra o ocorrido.
“Racismo é crime, dentro e fora dos estádios”, escreveu a deputada. […] Não podemos mais aceitar que jogadores e a população do nosso país sejam alvos de ofensas criminosas como essa no âmbito do futebol”, completou.

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Leia a nota de Erika Hilton na íntegra:
RACISMO É CRIME, DENTRO E FORA DOS ESTÁDIOS!
Estou denunciando o presidente da CONMEBOL à Justiça e ao Itamaraty, pra que ele responda por racismo e seja declarado persona non grata no Brasil.
Em meio a um debate sobre racismo no futebol, ele comparou brasileiros com macacos, afirmando que a Libertadores sem times brasileiros é como o “Tarzan sem Chita”.
Não podemos mais aceitar que jogadores e a população do nosso país sejam alvos de ofensas criminosas como essa no âmbito do futebol.
E é absurdo que essas palavras tenham saído da boca de quem deveria justamente prezar pelo mais alto nível nas competições esportivas, dentro e fora de campo.
Mas se a CONMEBOL e seu Presidente são incapazes disso, o problema é deles – inclusive na Justiça.
Porque, se depender de nós, o Brasil entregará excelência sempre, tanto nos esportes quanto no combate ao racismo e à discriminação.
Presidente da Conmebol se pronuncia
Diante da repercussão negativa, Alejandro Domínguez utilizou sua conta pessoal nas redes sociais na terça-feira (18/03) para pedir desculpas.
O presidente da Conmebol alegou que a expressão usada é “uma frase popular” e afirmou que “jamais teve a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém”. Domínguez também declarou seu compromisso em seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação.
Confira a nota na íntegra: