Na noite deste domingo (28/01), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma live ao lado dos filhos e falou sobre vários temas, como, por exemplo, aborto, eleições da Venezuela, legalização das drogas e marco temporal, além da defesa do voto impresso.
Ao lado dos três filhos, Flávio, Eduardo e Carlos, o objetivo da transmissão é fazer um chamado ao campo político da direita para as eleições municipais.
Bolsonaro afirmou que o governo de Nicolás Maduro, junto com a Suprema Corte do país, está atuando para impedir que opositores participem da eleição.
“Uma notícia de sexta-feira agora, mas que tem a ver com nosso futuro: houve há pouco tempo um acordo entre a oposição e a situação de Nicolas Maduro na Venezuela. Eles resolveram trabalhar juntos para que as sanções americanas deixassem de existir na Venezuela, em troca de eleições livres e justas.”
“Uma parte disso já foi posta em prática, nesse plebiscito que teve a iniciativa de Maduro, com o voto impresso ao lado da urna eletrônica. Ele pegava o voto e, ao se dirigir à urna, falava: temos o voto eletrônico e também no papel. Ou seja, ele começou a dar uma demonstração, atendendo a oposição, de eleições justas. Logicamente, para nós, falta ainda a contagem pública dos votos. Só que na última sexta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça decidiu tornar inelegível por 15 anos a maior opositora de Maduro, a Marina Corina. Ou seja, no momento, Maduro não tem oposição na Venezuela. A oposição não ganhará, porque tornaram inelegível a Marina Corina”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente, ainda voltou a fazer críticas ao TSE, numa suposta parcialidade durante a eleição.
“Só se derruba página da direita, só se censura quem é conservador no nosso país e o projeto não pode passar na Câmara. Quem vai dizer se essa matéria vai ser fake news ou não? O que defendemos é a liberdade e as pessoas que porventura sejam ofendidas que recorram à Justiça, calúnia, difamação.”
Bolsonaro comemorou a audiência de mais de 450 mil pessoas na transmissão e em seguida, Flávio Bolsonaro leu a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desistiu das lives semanais que estava fazendo ao longo do ano passado.
“Sem audiência, Lula abandona a live. E aí, você tem alguma dica para ele?”, ironizou Flávio, perguntando para Jair Bolsonaro.
“Ele tem que falar a verdade. Mentir não vai levar a lugar nenhum. E outra, (tem que) falar do seu governo e não ficar criticando o Bolsonaro. Parece que na hora que ele vai dormir, já que está recém-casado, invés de falar ‘Eu te amo’ ele fala ‘Bolsonaro’”, afirmou Bolsonaro.
O ex-mandatário declarou que Lula contratou um “global”, em referência à Marcos Uchôa, ex-jornalista da Rede Globo, mas que a live de Lula será descontinuada. Afirmou que a oposição perderá uma “grande fonte de notícias horríveis”. “Era um festival de horrores”.
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Segundo Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, a intenção da live é dar início a um processo de organização da direita para as eleições de 2024, com o lançamento de um programa para formação de candidatos.
A verdade dói: ao vivo e em Live, Bolsonaro é o melhor presidente do Brasil! 😎🇧🇷 pic.twitter.com/vS5URYn0TJ
— 🇧🇷 Jorge Seif Junior (@jorgeseifjunior) January 28, 2024