A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) protocolou uma representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido ocorre após declarações dadas por Bolsonaro durante um ato realizado neste domingo (16/03), em Copacabana, no Rio de Janeiro.
De acordo com Duda Salabert, Bolsonaro utilizou um tom conspiratório em suas falas, colocando em dúvida a idoneidade do processo eleitoral brasileiro. Salabert argumenta que esse tipo de discurso incentiva grupos extremistas, gerando riscos para a ordem democrática.
“A permanência desse discurso falso e inflamado representa um risco à ordem democrática, pois alimenta a insatisfação de grupos extremistas que, no passado, já praticaram atos violentos contra as instituições democráticas”, destacou a deputada no pedido enviado à PGR.
Além da prisão preventiva, Duda Salabert solicitou que Bolsonaro seja proibido de utilizar redes sociais e de participar de eventos públicos que possam servir como plataforma para incitações antidemocráticas. Segundo a deputada, a manutenção do ex-presidente em liberdade representa uma grave ameaça à garantia da lei e da ordem.
“Esse comportamento, além de potencializar atos violentos por parte de seus apoiadores, enfraquece as instituições e incentiva a instabilidade política”, justificou Duda Salabert.

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Bolsonaro convocou apoiadores à Copabana
A manifestação que motivou o pedido de prisão preventiva foi organizada pelo pastor Silas Malafaia e contou com a presença de diversas autoridades, incluindo governadores, senadores e deputados federais. O evento aconteceu na orla de Copacabana e foi marcado por discursos críticos ao atual governo e às instituições democráticas.

O ato também ocorre em meio à expectativa pelo julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para os dias 25 e 26 de março. A corte irá deliberar se acata ou não a denúncia da PGR sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Bolsonaro está entre os 34 denunciados sob a alegação de ter estimulando e participado de atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. O ex-presidente nega as acusações e alega perseguição política.
*Com informações de CNN