PL do Amazonas vive crise interna e ameaça projeto de Bolsonaro

(Foto: reprodução)
Uma ‘guerra surda’ abala a unidade da direita conservadora amazonense e ameaça o projeto do ex-presidente Jair Bolsonaro de formar uma bancada parlamentar forte nas eleições do próximo ano. No centro dessa crise está o Partido Liberal (PL).
Estrela da nova política local, o vereador Sargento Salazar (PL) abriu a crise ao rejeitar, por enquanto, a ideia de disputar uma vaga na Câmara Federal. Ele é visto pelos dirigentes do PL como um candidato forte, que tem potencial para ter uma votação expressiva e, assim, puxar outros candidatos, notadamente o próprio presidente do Diretório Estadual, Alfredo Nascimento, que sonha em voltar a Brasília.
Conforme aliados, Salazar quer disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) e assim continuar influindo diretamente na política local. Ele considera que Brasília o deixará longe do cotidiano local e assim perderá espaço na corrida por uma vaga no Executivo.
Saiba mais:
Indústria de Material Bélico do Brasil estuda instalar unidade de P&D no Polo Industrial de Manaus
CMM recebeu mais de R$ 150 milhões da Prefeitura de Manaus em seis meses de 2025
Chapa do PL para Aleam também tem crise
Alfredo Nascimento, por sua vez, força uma decisão de Salazar e busca se livrar de adversários internos e mais ligados a Bolsonaro, como é o caso da deputada estadual Débora Menezes, filha de um dos seus maiores críticos, o coronel Alfredo Menezes.
À Onda Digital, Menezes reclama que Débora tem pouco espaço no partido e sinaliza que ela deverá buscar outra sigla para disputar a reeleição no próximo ano. Ela só não deixou o partido porque pode perder o mandato na Justiça por infidelidade partidária.
Trabalhando para ser o candidato ao Senado pelo PL, o deputado federal Alberto Neto também tem enfrentado problemas. Nesta semana, por exemplo, ele convocou uma manifestação em apoio a Bolsonaro com o slogan “Fora Lula, Fora Moraes”, mas foi criticado nas redes sociais pelo líder do movimento Conservador Amazonas, Sérgio Kruke, que pregou o boicote a manifestação e cobrou que os deputados façam a defesa do ex-presidente sem expor cidadãos.
