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Deputados trocam farpas na Câmara sobre caso Marielle e adiam debate sobre prisão de Brazão

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Uma confusão generalizada da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) encerrou a sessão da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (26/03). Em pauta, a discussão sobre a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), detido no último domingo (24/03) acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O bate-boca aconteceu após o deputado Éder Mauro (PL-PA) subir à tribuna e realizar um discurso provocando os parlamentares da base do governo Lula, ligando o assassinato de Marielle à esquerda.

Mauro ainda levantou um cartaz com a foto do deputado Chiquinho Brazão (sem partido) vestindo uma camisa com a estampa “Dilma 13”, uma referência à ex-presidente Dilma Rousseff.

“Onde é que os comunistas vão enfiar a língua deles com essa notícia da prisão de quem mandou matar Marielle? Comunistas, está aqui quem mandou matar Marielle. O que vocês vão fazer agora? Vocês terão que arrumar outro defunto para atribuir a [Jair] Bolsonaro”, afirmou Éder Mauro.

Após as declarações de Mauro, deputados da base governista reagiram. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) gritou “respeite a Marielle”.


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O deputado Delegado Caveira (PL-PA) estava no plenário e exibiu a mesma fotografia na frente de deputados da base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se irritaram com o gesto.

Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Alencar Santana (PT-SP) rasgou o cartaz. Para a CNN, Santana afirmou que se trata de uma “acusação infundada”. Depois de rasgar o cartaz, ele foi empurrado pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT).

Com o tumulto, o deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), que presidia a sessão, encerrou os trabalhos.

Adiamento da votação

Ainda nesta terça, um pedido de vista adiou a votação pela CCJ da Câmara sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão. Durante a sessão, o deputado Darci de Matos (PSD-SC), relator do caso, defendeu que o colega de parlamento continue preso.

“Considerando presentes os requisitos constitucionais do flagrante e da inafiançabilidade, além de estar adequadamente fundamentada, meu voto é pela preservação da eficácia da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, referendada, à unanimidade, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal”, diz o relatório.

Mas após a leitura do relatório, os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Fausto Pinato (PP-SP) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) pediram vista do caso, ou seja, mais tempo para discutir a matéria.

O prazo de vista na CCJ é de duas sessões plenárias da Câmara.

*Com informações da CNN Brasil e Agência Brasil

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