O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG) apresentou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais um projeto de lei (PL) que propõe a proibição do atendimento de bebês reborn em serviços públicos de saúde, incluindo o Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o parlamentar, a iniciativa visa proteger os cidadãos que realmente dependem dos serviços públicos e que já enfrentam dificuldades para conseguir atendimento médico.
“É alarmante ver o quanto as pessoas se sentem solitárias e desconectadas, buscando a fuga da realidade e tentando suprir seus vazios com esse tipo de brinquedo de madame”, declarou Caporezzo.

Embora reconheça o talento dos artistas que fabricam os bonecos, o deputado criticou a utilização dos bebês reborn como substitutos emocionais, principalmente quando essa prática interfere no funcionamento do sistema público de saúde.
“Quando isso se transforma em uma fuga emocional, criando uma realidade paralela que sobrecarrega os nossos serviços públicos, alguém precisa dar um basta”, enfatizou.

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O anúncio do projeto foi acompanhado de um vídeo polêmico, no qual o deputado sugere que os “pais” de bebês reborn deveriam ser internados em um “hospício”.
“É lamentável que o nível de loucura da sociedade tenha chegado ao ponto de esses brinquedos de madame serem levados a emergências médicas”, criticou.
O deputado também se pronunciou nas redes sociais; veja:
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O que são bebês reborn?
Os bebês reborn são bonecos hiper-realistas, semelhantes a recém-nascidos, que ganharam popularidade nas redes sociais.

No mundo das bonecas, esse termo refere-se à técnica artesanal de transformar bonecos comuns em representações realistas de recém-nascidos, usando peças prontas ou moldes de vinil e silicone de alta qualidade. O processo é chamado de reborning.