Dois anos após pegarem em armas e disparem verdadeiros torpedos durante a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) contra o vencedor da disputa, o atual presidente Roberto Cidade (União Brasil), as deputadas estaduais Alessandra Campelo (PSC) e Joana Darc (União Brasil) são apontadas como favoritas a integrar a nova Mesa Diretora a ser eleita na primeira sessão da próxima legislatura, em primeiro de fevereiro.
A Mesa Diretora da Aleam tem dez vagas, sendo que três delas estarão vagas em face dos atuais ocupantes terem galgado outros cargos ou não serem reeleitos em outubro de 2022. A primeira Secretaria, cargo bastante estratégico, é ocupada hoje pelo deputado Álvaro Campelo (PV), que não estará na próxima legislatura; o terceiro Secretário é o deputado Fausto Júnior (União Brasil) que foi eleito deputado federal e deixa a Aleam em fevereiro. Por fim, a atual Corregedora, deputada Terezinha Ruiz (PL) não se reelegeu e vai assumir uma diretória da Secretaria de Educação.
As deputadas beligerantes, na época da eleição para a mesa diretora da Aleam, chegaram até a dizer que Cidades comprou votos dos colegas para se eleger numa votação que terminou 16 votos para ele e 8 para Belarmino Lins (PP), que disputou o posto numa articulação que tirou Alessandra da cabeça de chapa.
“O deputado Roberto Cidade foi atrás de comprar votos dos colegas deputados estaduais. E eu digo o valor, porque ele não chegou a falar comigo, mas aqui (na Aleam) todo mundo fica sabendo das coisas. O voto era R$ 200 mil”, acusou na tribuna na época a deputada estadual Joana Darc.
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GOVERNISMO
A reeleição de Roberto Cidades para a presidência da Aleam já conta com 20 dos 24 votos dos deputados estaduais e agora ele está se ocupando de compor com as diversas forças a distribuição dos cargos. É neste processo que os nomes de Alessandra, que vai para o terceiro mandato, e Joana Darc, a segunda mais votada na eleição de outubro com quase 100 mil votos (atrás apenas de Cidades), surgiram como favoritas para ocupar cargos na Mesa Diretora.
Vale também destacar que as duas são apadrinhadas pelo Governo de Wilson Lima nesta briga na Aleam, por quem entraram na briga em 2020 contra o então presidente, Josué Neto.