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Defesa de Bolsonaro afirma que ex-presidente “obedeceu a todas as decisões” e que não pediu asilo na Argentina

Defesa de Bolsonaro afirma que ex-presidente “obedeceu a todas as decisões” e que não pediu asilo na Argentina

A Polícia Federal apontou risco de fuga de Bolsonaro

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta sexta-feira (22/8) e negou que o ex-mandatário tivesse intenção de pedir asilo político na Argentina. Os advogados contestaram o que chamam de “irrealidade da narrativa se mostra inaceitável” a versão apresentada pela Polícia Federal, que identificou uma suposta minuta de pedido de refúgio.

“Fato é que, com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões emanadas pela C. Suprema Corte, inclusive a que o proibia de viajar ao exterior, respondeu à denúncia oferecida, compareceu a todas as audiências, sempre respeitando todas as ordens deste STF, afirmaram os representantes legais do ex-mandatário.

No relatório enviado ao STF, a Polícia Federal apontou risco de fuga de Bolsonaro, sustentando que havia um documento salvo em fevereiro de 2024 com o título Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO.docx. O arquivo, de 33 páginas, teria sido redigido em forma de carta endereçada ao presidente argentino, Javier Milei, na qual Bolsonaro alegava perseguição política e dizia ser alvo de diversas medidas cautelares.


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Atualmente em prisão domiciliar e proibido de utilizar telefone ou redes sociais, o ex-presidente aparece como investigado central no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. A Casa Rosada, no entanto, negou ter recebido qualquer pedido de asilo.

A investigação da PF indica que o documento foi atualizado dois dias após a Operação Tempus Veritatis, deflagrada com quatro prisões preventivas e 33 mandados de busca e apreensão. No texto, Bolsonaro teria afirmado: “Sou, em meu país, perseguido por motivos políticos e recentemente alvo de medidas cautelares”.

Na última quarta-feira (20), Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pela PF pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. De acordo com o relatório, ambos atuaram para dificultar o avanço das apurações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

*Com informações da CNN Brasil