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VÍDEO: “A contribuição para a poluição do Tarumã vem dos igarapés das zonas Leste e Oeste”, afirma vereador Peixoto

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O vereador Peixoto (AGIR 36) afirmou ser contrário à decisão judicial que determina a retirada e o desmonte de flutuantes da região do Tarumã-Açu, zona Oeste da capital. Atualmente, cerca de 900 flutuantes, entre residências, comércios, garagens de embarcações e píers, estão na região.

Ao final da sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Peixoto explicou porque é contra a retirada dos estabelecimentos da localidade. O parlamentar foi taxativo e apontou que a poluição do local é oriunda dos igarapés poluídos da zona Leste e Oeste.

“É claro que temos que proteger o meio ambiente. É claro que a gente entende que não podemos causar danos ao meio ambiente, correndo o risco de não termos um ambiente saudável. Ouvindo as pessoas que possuem flutuantes, a maior contribuição para a poluição, por incrível que pareça, vem dos igarapés das zonas Leste e Oeste que despejam seus dejetos lá”, explicou Peixoto, argumentando que esteve no local conversando com os moradores.

“Lá tem a Acamdaf (Associação dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi) e moradores da comunidade que dependem totalmente do rio para o seu sustento. De uma maneira ampla, tirar todo mundo pode trazer impactos sociais, econômicos e pode desempregar muita gente. Pode tirar casas de muita gente. Como vai ficar o transporte de quem mora ali?”, argumentou.


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Preservação

Para Peixoto, a urgência de preservação do meio ambiente necessita de amparo a partir de legislações e normas.

“Hoje vários flutuantes são regularizados, possuem estação de tratamento de afluentes e essas pessoas empregam centenas de trabalhadores. Lá na Marina do Davi tem vários moradores daquela comunidade que vivem lá. Precisa haver uma regulamentação para os que não estão regularizados”, analisou.

Entidades se manifestam

A associação de donos de Flutuantes do Tarumã divulgou uma nota à imprensa onde propõe um acordo com órgãos a fim de manter os estabelecimentos que obedecem a legislação ambiental, até que sejam concluídos os estudos do Plano de Bacia do Tarumã, pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA) em 2026.

A nota pede que a permanência seja homologada com a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta Ambiental (TACA) entre os Donos de Flutuantes do Tarumã com o Ministério Público do Amazonas (MPAM), Vara de Justiça do Meio Ambiente, assim como a Prefeitura de Manaus (PMM), Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

“Que seja mantido os flutuantes que estão em operação na bacia do tarumã, obedecendo os requisitos mínimos para dentro da legislação ambiental, como o uso de caixa de tratamento de efluentes (ETE) e prova de recolhimento dos resíduos sólidos (lixo produzido)”, diz trecho da nota.

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