A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados analisará, nesta terça-feira (02/07), um requerimento para que Thiago José dos Santos, ex-diretor-executivo de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), seja ouvido em audiência pública. Santos foi exonerado após denúncias de fraudes no polêmico leilão de arroz, que foi suspenso pelo governo.
Thiago afirmou que já foi procurado por parlamentares e se colocou à disposição para esclarecer os trâmites relacionados ao leilão e sua atuação à frente da diretoria responsável pelo certame. Sobre sua demissão, anunciada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o ex-diretor declarou que “escorregou em uma casca de banana” e garantiu ter a consciência tranquila em relação ao trabalho desenvolvido na Conab.
“Eu saio muito em paz. Estou satisfeito com a minha entrega ao longo do tempo em que estive na Conab. É uma pena, uma chateação, não avaliaram nenhuma questão técnica, nem minha capacidade operacional. Escorreguei em uma casca de banana”, disse Thiago.
Saiba mais:
- Leilão de Arroz: Ministro Paulo Teixeira encaminha pedido de demissão de diretor da Conab
- “Houve uma falcatrua numa empresa”, diz Lula sobre cancelamento de leilão internacional de arroz
Thiago José dos Santos foi assessor do ex-deputado federal Neri Geller, demitido da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, e indicado por Geller ao cargo na Conab.
Sobre as supostas irregularidades no leilão, que estão sendo investigadas pela Polícia Federal, Santos afirmou que seguiu ordens do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
“O que é falado de cima para baixo, a gente tem que seguir. Seguimos as orientações do ministro. A questão do preço [definido pelo ministério] prejudicou a competitividade do leilão. No fim, houve lotes vazios, mas falar que teve cartel é falta de tempo”, explicou.
*com informações de CNN
