O presidente da Câmara Municipal de Manaus, o vereador Caio André (PSC), foi entrevistado hoje, 21, no Fiscaliza Geral. Ele falou sobre como está sendo comandar a CMM durante o período de instalação e início das atividades da CPI da Águas de Manaus, um tema que vem dividindo os vereadores.
André disse:
“Está difícil comandar. Realmente, essa divisão na casa traz celeumas ao dia-a-dia, algumas cisões. Mas isso é natural, para que tenhamos a democracia. E assim se torna clara a independência da Câmara: a CPI foi instaurada, já está em andamento e amanhã devemos ter a primeira reunião de trabalho da comissão. A CMM segue transparente e independente, apesar dos problemas, mas isso faz parte do processo”.
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Ele também comentou sobre a escolha do vereador de oposição Rodrigo Guedes (Republicanos) como relator da CPI:
“Penso que dentre qualquer dos vereadores que assinou a CPI, e que fosse escolhido como presidente e relator, nós teríamos a independência. É fato que Guedes, desde o início do seu mandato, luta contra os desmandos da Águas de Manaus. E não só ele, também me incluo nisso, assinamos a primeira tentativa de instalação da CPI em 2021. Acho que o cargo de relator está em excelentes mãos, e foi escolha do presidente da CPI. E quanto à Prefeitura de Manaus, acho que não se enquadra no caso porque, apesar da concessão pública, é a empresa que vem oferecendo um mau serviço.
Não faço parte da CPI por estar presidindo o parlamento municipal, mas vou acompanhar de perto, ajudarei como puder, e tenho certeza que ela trará resultado à população”.
O vereador também falou sobre lei municipal para tentar impedir a instalação dos polêmicos medidores aéreos pela concessionária Amazonas Energia:
“A lei regula a questão dos postes na cidade de Manaus. É uma emenda ao nosso plano-diretor que vai regular como os postes na cidade devem existir. Temos fios elétricos, fios de telefone, cabeamento de internet, então vira um balaio de gatos. E esses medidores aéreos causam não só uma questão de perigo, mas também uma poluição visual enorme. A Câmara não possui competência para legislar sobre energia elétrica. Mas estamos legislando sobre o código de postura, o plano-diretor, e a poluição visual. Estamos atacando a situação dentro desta lei”.
A entrevista com o vereador Caio André pode ser assistida aqui.