Com a indicação de Flávio Dino para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (27/11), começam a ser definidos os nomes mais prováveis que devem substituí-lo no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). E a primeira mudança seria a divisão da pasta entre Justiça e Segurança, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia prometido durante a campanha.
A tendência tem sido uma divisão da pasta com a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, na área da Justiça, e o atual secretário-executivo do MJSP, Ricardo Cappelli, no futuro Ministério da Segurança Pública.
A decisão pelo nome de Simone Tebet ajudaria Lula a aplacar a contrariedade que deve surgir por não indicar uma mulher para o STF. Com a saída de Rosa Weber e a entrada de Dino em seu lugar, a Corte terá apenas uma mulher entre seus integrantes, a ministra Cármen Lúcia.
Com a possível recondução de Tebet para o MJ, Lula deve atender a expectativa de mais representatividade feminina dentro do governo. Já são mais de 200 anos sem uma mulher à frente do Ministério da Justiça.
Leia mais:
CONFIRMADO: Lula indica Dino ao STF e Gonet à PGR
Sabatinas de Dino e Gonet devem ocorrer na 3ª semana de dezembro, diz Pacheco
Os interesses de Tebet e Cappelli
Nas últimas semanas, Tebet tem se interessado sobre assuntos da sua possível futura pasta, como a questão da violência contra a mulher. Cappelli, com atuação destacada na intervenção da segurança pública do Distrito Federal após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, também mostrou o desejo de comandar o ministério.
Mas, nesse caso, Cappelli terá que disputar o cargo com um indicado do PT. Além de Tebet, também são citados Ricardo Lewandowski, Jaques Wagner, Marco Aurélio de Carvalho, Jorge Messias.
A criação de um ministério só para Segurança Pública foi promessa de Lula na campanha, que vem sendo cobrada por uma parte do partido.