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Chanceler Mauro Vieira defende declarações de Lula sobre ofensiva de Israel em Gaza

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O chanceler Mauro Vieira defendeu, nesta quinta (14/3), na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, as declarações do presidente Lula criticando a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

Vieira ainda disse que a comunidade internacional está avaliando se atos que podem ser classificados como genocídio estão ocorrendo na região, com o ataque contra civis, o deslocamento forçado e o bloqueio israelense à entrada de ajuda internacional aos palestinos.

O ministro diz que a resposta israelense é condenável não somente pelo Brasil, mas por vários países. Em agenda na Etiópia, Lula comparou as ações de Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. Vieira afirmou que as falas do presidente vêm de um ‘contexto de profunda indignação’.

“Israel tem direito a se defender, mas isso tem de ser de acordo com o Direito Internacional. A ofensiva tem sido absolutamente desproporcional e coletiva e deve ser condenada’, disse.

‘Quantas vidas mais serão perdidas até que se encerre o morticínio? É nesta visão que vieram as declarações do Presidente Lula”, acrescentou.

As declarações do presidente Lula geraram uma crise diplomática com o governo de Israel. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, declarou Lula como ‘persona non grata’ no país e pediu retratação.


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Mauro Vieira ainda repudiou o tratamento concedido ao embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, que foi ‘humilhado’ pelo ministro das Relações Exteriores israelense depois que Lula comparou a ofensiva ao Holocausto. Após convidar Meyer a comparecer ao Museu do Holocausto, o ministro Israel Katz, gravou a reunião em hebraico. Depois do caso, o Itamaraty determinou o retorno do diplomata brasileiro.

Vieira ainda lembrou que mais de cem palestinos foram mortos, no final de fevereiro, em uma ação para distribuição de alimentos e que faltam suprimentos básicos para cirurgias, como anestésicos. Cerca de 15 mil toneladas de suprimentos enviados por diversos países não foram distribuídos por falta de autorização de Israel.

*com informações da CBN

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