Uma das principais comissões da Câmara Municipal de Manaus (CMM), a de Constituição e Justiça (CCJ), deverá entrar na órbita de influência do governador Wilson Lima (União Brasil) com a saída da presidência do vereador Gilmar Nascimento, expulso do União Brasil exatamente pela proximidade dele com o prefeito David Almeida (Avante).
Com Gilmar fora do partido, o UB decidiu pedir de volta o cargo, que por lei, pertence ao bloco liderado pelo partido, agora insatisfeito com a postura governista do vereador e que levou ao presidente do Diretorio Municipal, vereador Diego Afonso, a dizer que Gilmar não “era bem vindo dentro da sigla”.
“Já fizemos o pedido a mesa diretora, e esperamos que até semana que vem a gente já tenha uma respostas. Se a presidência não for fazer uma nova eleição, o partido deverá indicar o novo presidente da CCJ”, disse o presidente municipal do União Brasil, Diego Afonso à Onda Digital.
Com a saída de Gilmar (sem partido) do UB, a sigla de Wilson Lima formalizou à mesa diretora da CMM, o pedido do cargo de presidente da CCJ, que pela lei, pertence à sigla. Com isso, Wilson terá ainda mais acessibilidade dentro do parlamento municipal.
Caso a mesa diretora decida por não realizar uma nova eleição, o partido deverá indicar o novo presidente da CCJ na Câmara Municipal.
Entenda o que faz a CCJ
A CCJ é a comissão permanente mais disputada na Câmara, porque entre as suas atribuições está a admissibilidade de propostas legislativas, a partir de seus aspectos constitucional, legal, jurídico e regimental. Caio André (PSC), enquanto presidente da Câmara, tem o poder de receber uma proposição e fazer uma análise superficial, uma vez que ele e sua assessoria jurídica não têm a capacidade de analisar, sozinhos todas proposições que são apresentadas anualmente na CMM.
