O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (3), que não concorda com as “avaliações negativas” que preveem crescimento do PIB do país em menos de 1%, como projeta o boletim Focus, do Banco Central.
“Vamos ver o que vai acontecer quando a chamada economia micro, pequena e média começar a acontecer nos rincões desse país. Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, a comprar mais, a vender mais. Vamos perceber que a economia e o pib vão dar um salto importante”, disse.
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 0,9%, segundo o Focus desta segunda-feira. O Ministério da Fazenda projeta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,6%.
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Há também as previsões do Banco Central, que é de 1,2%, de acordo com o Relatório da Inflação divulgado semana passada, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê um PIB de 1,4% neste ano.
Encontro de ministros
Lula comandou hoje a terceira reunião ampliada com ministros, desta vez da área produtiva e institucional, no Palácio do Planalto. Ele retomou as agendas públicas após o afastamento para tratar de uma pneumonia. O PIB esteve no centro dos debates.
No mês passado, o presidente já reuniu ministros da área de infraestrutura, para discutir o novo plano de investimentos do governo federal, seus efeitos no PIB, em substituição ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ministérios da área social. O objetivo dessas reuniões é que cada pasta apresente um balanço e a projeção do que será anunciado no marco de 100 dias de governo, na semana que vem, além dos planos para 2023 e os próximos anos.
Presentes na reunião, Lula citou os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad, que comandam boa parte do que faz girar o PIB do País
“Se olhar para a cara do ministro Fávaro, que voltou da China com um grupo de empresários, vocês vão perceber que é 150% de otimismo. Se olhar para a cara do Haddad depois do marco regulatório que ele fez, olha a cara dele de felicidade, significa que estamos acreditando que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária nesse país”, exemplificou o presidente sobre o otimismo da equipe com seus projetos.