O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (12/3) que, por ora, mantém sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026. A declaração ocorre mesmo com sua inelegibilidade até 2030, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.
“Por enquanto, eu sou candidato. Os outros candidatos por aí, Gusttavo Lima, [Ronaldo] Caiado, [Romeu] Zema, eles têm seus partidos. Eu acho até que seria bom seus partidos lançarem seus candidatos. Num segundo turno, os partidos se unem, um dos dois que passaram para o segundo turno. Seria o melhor a se fazer”, disse Bolsonaro ao lado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
A inelegibilidade de Bolsonaro foi definida em 2023, após julgamento no TSE sobre a reunião que ele realizou com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, na qual fez ataques ao sistema eleitoral sem apresentar provas. Além desse caso, ele é alvo de outras investigações que envolvem a suposta tentativa de golpe de Estado.
Veja o vídeo:
Após liberação do ministro do STF Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou à imprensa, nesta quarta-feira (12), ao lado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Bolsonaro disse que segue sendo o candidato do PL para as eleições de 2026. #BastidoresCNN pic.twitter.com/ULV9xYfjOZ
— CNN Brasil (@CNNBrasil) March 12, 2025
Bolsonaro pode voltar ao cenário político?
O ex-presidente também criticou as denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR), classificando-as como infundadas. “Querem me tirar do cenário político do ano que vem”, afirmou.
Enquanto Bolsonaro enfrenta investigações, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da defesa de Valdemar Costa Neto e revogou, na última terça-feira (11), medidas cautelares impostas ao presidente do PL. Com isso, ele pode voltar a se comunicar com Bolsonaro e militares, além de recuperar o passaporte e viajar para fora do país. Os bens apreendidos também serão devolvidos.
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A defesa de Valdemar argumentou que ele não foi denunciado pela PGR no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado, que tem Bolsonaro e outras 33 pessoas como investigados. A decisão de Moraes foi vista como um alívio para o presidente do PL, que volta a articular diretamente com lideranças políticas.
Mesmo com a inelegibilidade, Bolsonaro mantém influência dentro da direita e deve ter papel decisivo na escolha de um candidato para 2026.