O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome realizou, ao longo do ano, uma auditoria nos cadastros do Bolsa Família com a intenção de identificar irregularidades quanto ao pagamento do benefício. Segundo o ministro Wellington Dias, em entrevista à CNN Brasil, a fiscalização identificou beneficiários cujos rendimentos ultrapassavam os R$ 150 mil anuais.
“Nós começamos em janeiro com muita determinação, em conjunto com o TCU [Tribunal de Contas da União], Ministério Público e Judiciário. Tinha gente que ganhava mais de R$ 10 mil por mês, R$ 8 mil por mês, e recebia o benefício, enquanto famílias em situação de fome não tinham acesso”, declarou Dias.
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Ainda segundo Dias, a inspeção está próxima de ser concluída, com cerca de 85% dos cadastros aferidos. O benefício de R$ 600 é concedido às famílias cuja renda não exceda R$ 218 por morador da mesma casa. De acordo com o governo federal, mais de 21 milhões de famílias recebem o benefício, o equivalente a aproximadamente 52,5 milhões de pessoas.
Além dos R$ 600, há o repasse de R$ 150 a mais por criança de até seis anos presente no núcleo familiar, e de R$ 50 para crianças acima dos seis anos, adolescentes e gestantes.
“Nossa missão vai seguir, de atualizar os cadastros, cruzar dados, examinar cada família, a situação real, enfim. Tiramos muita gente da fome com o programa e, também com ele, conseguiremos atingir a meta de tirar o Brasil do Mapa da Fome e reduzir a pobreza”, finalizou.
*com informações da CNN Brasil.