O ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, divulgou um vídeo em suas redes sociais no qual faz um apelo por um julgamento justo para o ex-presidente Jair Bolsonaro. O Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a analisar as acusações contra Bolsonaro, e Virgílio destacou a importância do direito de defesa e da imparcialidade dos magistrados.
No vídeo, Arthur Neto enfatiza que, apesar de ter sido adversário político de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, não aceita arbitrariedades contra qualquer pessoa.
No pronunciamento, Arthur Neto também criticou a possibilidade de perseguição política travestida de justiça.
“No Brasil não se faz política com perseguição, se faz política com amplitude […] para que que foi feita a justiça? Para fazer injustiça? Não. Ela foi feita, obviamente, para fazer justiça. Então, quando é justo, eu entendo e aceito, mas não posso aceitar cassação por ditadura”, disse Arthur Neto.

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Arthur Neto faz apelo ao STF
Em suas palavras, Arthur pediu para os magistrados “esquecerem 2022” e alertou que um julgamento injusto poderia prejudicar a credibilidade do STF e gerar desconfiança na população.
“Esqueçam a eleição de 2022. Votem simplesmente nos fatos. Isso aí vai fazer com que se engrandeça o Supremo Tribunal Federal. O contrário significa a perda de prestígio do Supremo Tribunal Federal. Então eu queria dizer o seguinte eu quero justiça”, completou.

Arthur Neto finalizou sua declaração reforçando seu compromisso com a justiça e afirmando que continuará denunciando qualquer perseguição que ocorra no país.
“Eu me curvo à justiça se eu entender que há justiça. Se eu entender que há injustiça, vou continuar falando e clamando, porque o que acontece com algum hoje pode acontecer comigo amanhã. Eu não tenho medo de enfrentar quem quer que seja”, finalizou Arthur Neto.
Veja o vídeo:
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Acusações contra Bolsonaro
Jair Bolsonaro é investigado por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusa de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado.
A defesa de Bolsonaro solicitou que os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin se declarassem impedidos de julgar o caso. Os advogados argumentam que Dino poderia não ser imparcial, pois, quando governador do Maranhão em 2021, entrou com uma queixa-crime contra Bolsonaro. Já em relação a Zanin, a defesa alega que ele atuou como advogado do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tendo se declarado impedido em outro processo relacionado às eleições de 2022.
Apesar das contestações, os ministros reafirmaram que não há impedimentos e que estão aptos a analisar a denúncia da PGR. O caso será julgado pela Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.