A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (25/01) 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, como parte da Operação Vigilância Aproximada. Um dos alvos é o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Diligências estão sendo conduzidas no gabinete do parlamentar e em seu apartamento funcional na Câmara. A investigação apura uma organização criminosa que teria se infiltrado na Abin para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.
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As medidas cautelares incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As buscas ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).
A operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado. A Polícia Federal destaca que as provas obtidas indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin, utilizando suas ferramentas e serviços para ações ilícitas com fins políticos, midiáticos e até mesmo para interferir em investigações.
Os investigados podem responder por crimes como invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, informáticas ou telemáticas sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Além de ser alvo da operação, Ramagem é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro com o apoio de Bolsonaro. A defesa do deputado ainda não se manifestou.
*Com informações da CNN Brasil