Manaus enfrenta um estado crítico de qualidade do ar, agravado pelas queimadas no sul do Amazonas. Segundo Antônio Stroski, secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, a situação não é inédita, mas a gravidade do problema atingiu níveis sem precedentes nos últimos anos.
Em entrevista exclusiva ao programa Tribuna Livre, nesta terça-feira (13/08), Stroski destacou que, apesar das queimadas, não ser um fenômeno novo na região, o cenário atual é extremamente preocupante.
“Eu estou no Amazonas há 45 anos, e nós nunca vivenciamos o cenário que aconteceu no ano passado e a nossa apreensão com o cenário deste ano”, afirmou.
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O secretário relatou que, no ano passado, a fumaça persistiu por três meses consecutivos, começando em agosto e só retornando à normalidade no final de outubro e início de novembro.
“No ano passado tivemos uma situação excepcional porque não foi uma ocorrência pontual de fumaça. Tivemos uma presença de fumaça durante três meses”, explicou.
Os dados são alarmantes. Em 2023, o Amazonas registrou quase 20 mil focos de calor, com grande parte das ocorrências técnicas na região metropolitana de Manaus e no sul do estado, uma área conhecida como o “Arco do Fogo e do Desmatamento”. Esse arco abrange municípios na fronteira com Rondônia, Acre e Mato Grosso, regiões onde as queimadas têm sido particularmente intensas.
Stroski enfatizou a necessidade de uma ação integrada por parte de todos os níveis de governo para enfrentar o problema.
“Não adianta fazer uma parte e a outra não acontecer. A questão da fumaça, da queimada é transfronteiriça, mas isso não exime o agente, a fonte de origem do problema. Ele tem que ser o primeiro a ser responsabilizado”, afirmou o secretário.
📌”A questão da fumaça é transfronteiriça”, afirma secretário municipal do Meio Ambiente
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