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Covid: além de Nísia, 14 ministros de Lula têm vacinação incompleta

Titulares da Esplanada a partir de 60 anos não tomaram 2 doses de reforço da vacina contra Covid, o que contraria orientação do governo

Dos 39 ministros do governo Lula, 14 com idade superior a 60 anos, além da recém-demitida Nísia Trindade (Ministério da Saúde), não tomaram ou não completaram o reforço da vacinação contra a Covid em 2024, contrariando recomendação do próprio governo. Por isso, estão com as cadernetas de vacinas incompletas.

A diretriz do Ministério da Saúde é de uma dose a cada 6 meses para pessoas com mais de 60 anos.

Nem mesmo Nísia Trindade, 67 anos, está com a vacinação em dia. A agora ex-ministra da Saúde recebeu somente uma única dose em fevereiro de 2024. Após a publicação de uma  reportagem revelando as doses tomadas por ela, Nísia assegurou que iria atualizar a caderneta “nesta semana”.

Nísia foi demitida nessa terça-feira (25/2), após conversa com Lula.

Outro exemplo de ministro que não se vacinou conforme orienta o Ministério da Saúde é o vice-presidente Geraldo Alckmin, 72, que também é médico anestesista. Ele não recebeu nenhum dos dois reforços contra a Covid em 2024 que deveria ter tomado.

Veja o restante da lista:

  • José Múcio (Defesa), 76: não tomou as doses de reforço contra a Covid de 2023 e de 2024;
  • Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), 76: não tomou um dos dois reforços em 2024;
  • General Amaro (Gabinete de Segurança Institucional), 67: não tomou doses de reforço em 2022 e em 2024;
  • Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), 66: tomou nenhum dos dois reforços em 2024;
  • Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), 65: recebeu nenhum dos dois reforços que deveria ter tomado em 2024;
  • Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), 63: tomou nenhum dos dois reforços em 2024;
  • Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), 63: não se vacina contra a Covid desde 2022;
  • André de Paula (Pesca e Aquicultura), 63: nenhum reforço em 2024;
  • Margareth Menezes (Cultura), 62: não se vacinou em 2023 nem em 2024;
  • Cida Gonçalves (Mulheres), 62: não tomou reforços em 2024;
  • Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil), 62: não foi imunizado em 2024;
  • Márcio França (Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte), 61: nenhum reforço em 2024;
  • Fernando Haddad (Fazenda), 61: não se vacinou em 2023 nem em 2024.

A pasta de Rui Costa (Casa Civil), 61, não liberou o cartão, mas informou ter recebido uma dose contra febre amarela e quatro contra a Covid. Por isso, é possível que a caderneta de vacinação dele também esteja incompleta.


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Só três dos 19 ministros a partir de 60 anos completaram as doses de reforço contra a Covid no ano passado. São eles: Carlos Lupi (Previdência Social), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação).

Os cartões de vacina dos titulares da Esplanada foram acessados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Após a publicação da reportagem do portal Metrópoles, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou atrás e liberou o próprio documento.

O ministro Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) enviou o pedido de LAI à Saúde, que o negou em segunda instância.

Idosos são considerados mais vulneráveis à Covid, devido à imunossenescência. Trata-se do processo de envelhecimento do sistema imunológico, que leva a uma menor resposta a infecções. Por isso, devem receber uma dose extra anualmente.

Tanto idosos quanto gestantes entraram para o Calendário Nacional de Vacinação em relação à Covid em dezembro passado. Assim, a imunização contra a doença passou a ser de rotina para os dois grupos.

O que dizem os ministros

O ministério de Lewandowski afirmou que o ministro tomou 6 doses de vacina contra a Covid. “No que diz respeito a informações de interesse de saúde pública, como é o caso da vacinação contra a Covid-19, o ministro informa que, seguindo recomendação do Ministério da Saúde, tomou as seis doses da vacina”, diz a nota. Faltou, no entanto, uma dose em 2024.

Já o MEMP se limitou a informar que “o ministro Márcio França tem total compromisso com a valorização das políticas públicas de imunização e atualizou sua carteira de vacinação recentemente”.

A Cultura, por sua vez, disse que “a ministra Margareth Menezes tomou três doses da vacina de Covid-19. A primeira no dia 21 de maio de 2021, a segunda no dia 17 de agosto de 2021 e a terceira dose, de reforço, no dia 21 de março de 2022, cumprindo assim o esquema de vacinas recomendado para garantir sua imunização”.

Dias, do MDS, tomou três doses. “O ministro Wellington Dias recebeu a primeira e a segunda doses da vacina contra a Covid-19 em 2021, com a 1ª dose de reforço administrada no mesmo ano. A segunda dose de reforço foi aplicada em 2022. Em 2023, ele tomou mais uma dose de reforço. Todas as doses foram ministradas com a vacina da Pfizer”, informou a pasta.

Os outros ministérios não responderam.

*Com informações do Metrópoles.

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