Com o objetivo de cumprir um mandado de busca e apreensão em uma empresa financeira, policiais civis do 30º Distrito Integrado de Polícia (DIP) deflagraram uma operação na quarta-feira (12/06). No local, foram encontrados três veículos que haviam sido deixados para quitar dívidas com os bancos credores. A ação ocorreu na Avenida Urucará, bairro Cachoeirinha, zona Sul de Manaus.
Conforme o delegado Mauro Duarte, titular do 30º DIP, os veículos foram deixados por pessoas que, anteriormente, haviam sido enganadas pela referida empresa ao assinarem um contrato sob a promessa de reduzir em até 70% suas dívidas bancárias, pagando entre R$ 6 mil e R$ 14 mil a título de serviço, com um prazo de duração de 6 a 18 meses.
“As vítimas eram orientadas a não pagar mais nenhuma prestação de suas pendências aos bancos. No entanto, após vários meses e ao receberem dezenas de ligações dos bancos credores, perceberam que suas dívidas não estavam sendo negociadas. Elas passaram a contatar os funcionários da empresa para resolver o problema, mas não obtiveram retorno”, disse o delegado.
Segundo a autoridade policial, diante da situação, a empresa, por intermédio dos funcionários, sugeriu às vítimas que entregassem seus veículos como forma de quitar as dívidas com os bancos credores, o que foi aceito por elas. No entanto, as ligações dos bancos continuaram, e as vítimas perceberam que haviam sido enganadas.
“No dia 7 deste mês, uma das vítimas compareceu à delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência (BO), relatando os fatos. Com base nisso, foi solicitada à Justiça a busca e apreensão para recuperar o bem, e o mandado foi expedido na tarde de quarta-feira (12/06) e cumprido no mesmo dia”, pontuou o delegado.
Mauro Duarte salientou que, no local, foram encontrados mais dois veículos na mesma situação, totalizando três carros apreendidos.
Operação Loki
No dia 15 de maio deste ano, foi deflagrada a Operação Loki em Manaus, Paraná e São Paulo contra os responsáveis pela empresa em cada estado. Na ocasião, Daniella Weiber de Carvalho de Sousa e Thiago Aldo Roque de Sousa, além de dois gerentes da filial de Manaus, Felipe Kaio Domingos e Paulo Eduardo Polsaque Júnior, e outros cinco funcionários, foram presos pelos crimes de estelionato, associação criminosa, não fornecimento de nota fiscal de serviço e lavagem de dinheiro.
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Procedimentos
Daniella e Thiago Aldo ainda continuam presos; os demais foram liberados no dia 20 de maio, pois haviam sido presos temporariamente.