Um crime marcado por extrema violência abalou os moradores do bairro Jorge Teixeira, na zona Leste de Manaus, na noite desta segunda-feira (9/6). O jovem Kildery Nascimento Cruz, de 22 anos, foi encontrado esquartejado, com partes do corpo espalhadas pela Avenida Alarico Furtado. Junto aos restos mortais, havia um bilhete supostamente assinado por membros da facção Comando Vermelho (CV), indicando que a execução foi motivada por sua ligação com o grupo rival Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conhecido na comunidade pelo apelido de “Pocotó”, Kildery era uma figura polêmica. Ele teria rompido com o mundo do crime nos últimos anos, frequentando uma igreja evangélica local e conseguindo trabalho formal em uma empresa de serviços urbanos. Ainda assim, segundo relatos de vizinhos, ele vinha recebendo ameaças constantes e, dias antes da execução, teria escapado de uma tentativa de sequestro nas imediações da igreja onde congregava.
Entenda o caso:
URGENTE: corpo esquartejado com bilhete é encontrado em Manaus
Informações extraoficiais indicam que Kildery foi, no passado, integrante do PCC. Uma tatuagem em seu peito, associada ao grupo criminoso, foi removida de forma cruel pelos executores antes da morte — uma prática conhecida como punição simbólica. A cena do crime foi registrada em vídeos por criminosos e circulou nas redes sociais como forma de intimidação.
Apesar dos esforços da perícia e da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), até o momento, ninguém foi preso. A polícia não descarta que o assassinato esteja relacionado a disputas de território entre o CV e o PCC, uma guerra que tem deixado um rastro de mortes na capital.
Moradores evitam comentar o caso por medo de represálias. Familiares da vítima, igualmente temerosos, não quiseram prestar depoimentos formais até o momento. A Secretaria de Segurança Pública reforça a importância do disque-denúncia 181 para informações que possam ajudar na elucidação do crime.
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