A Operação Loki deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) cumpriu 13 mandados de busca e aprensão e mais 4 de prisão preventiva nesta quinta-feira (15/02), no Amapá. Os suspeitos se passavam por autoridades policiais para aplicar golpes em supostas vendas de veículos
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Durante coletiva de imprensa, o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, destacou que as investigações iniciaram após as equipes tomarem conhecimento sobre fraudes que estavam sendo praticadas usando as imagens de autoridades policiais.
“As vítimas tiveram grandes prejuízos financeiros em vários estados brasileiros. Ressalto aqui o cuidado que a população deve ter ao tentar adquirir algum produto por meio virtual. É importante ter cautela para não acabar sendo vítima de golpistas”, ressaltou Fraga.
Na ocasião, o delegado-geral adjunto, Guilherme Torres, contou que foi vítima dos criminosos, e que eles estavam utilizando a imagem dele para a prática criminosa. A autoridade policial disse que recebeu diversas denúncias pelas redes sociais sobre estarem utilizando a sua foto para uma suposta venda de veículos.
“Juntei todo o material que recebi e registrei um Boletim de Ocorrência (BO) na Dercc, onde fui ouvido em termo de declaração e dado andamento ao inquérito policial. Destaco aqui o trabalho exitoso dos policiais que chegaram a autoria”, salientou Torres.
O diretor-presidente do Detran, delegado Rodrigo de Sá, que também foi vítima dos infratores, parabenizou o êxito da ação e disse que foi uma operação complexa, mas que trouxe resultados, retirando os autores de circulação. No entanto, a PC-AM também vai investigar outros grupos que tenham envolvimento nesses tipos de crimes.
“Se você visualizar qualquer imagem em sites ou redes sociais, em comercialização de veículos utilizando minha foto ou de qualquer autoridade policial, pedindo para realizar depósitos em dinheiro ou via pix, trata-se de golpe. Fica aqui o pedido para que a população tenha o máximo cuidado e não caia nesse tipo de fraude”, alertou Rodrigo de Sá.
Investigações
Conforme o delegado Antônio Rondon, titular da Dercc, as investigações iniciaram em agosto de 2023 para apurar a atuação do grupo criminoso que se passava por autoridades policiais (delegados de polícia), inclusive utilizaram a foto do delegado-geral adjunto da PC-AM, Guilherme Torres.
Foram identificadas diversas vítimas no Amazonas, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul e outros estados do país. A investigação iniciou com o registro de ocorrência feito pelo delegado-geral adjunto, Guilherme Torres, e teve apoio irrestrito do DIPJ, chefiado pelo delegado Denis Pinho, além do Departamento de Inteligência do Mato Grosso do Sul e do Amapá.
“Foram feitas interceptações telefônicas que constataram que os executores do golpe já estavam reclusos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), sendo eles Alex Silva da Silva, 23; Gelvane Brito da Silva, 30; Gibson dos Santos Silva, 24; e Márcio Cley Melo de Carvalho, 22”, disse Rondon.
Na ocasião foram apreendidos aparelhos celulares e demais objetos de interesse da investigação. Todos os presos passarão por audiência de custódia e permanecerão reclusos no presídio de Macapá.