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Mulher é presa após matar companheira esganada para “tentar tirar espíritos”

A Polícia Civil segue com as investigações para reunir mais detalhes sobre as circunstâncias do crime
22/10/25 às 19:08h
Mulher é presa após matar companheira esganada para “tentar tirar espíritos”

(Foto: Divulgação/PCMS)

Uma mulher identificada como Laura Gonçalves, de 43 anos, foi presa em flagrante na tarde de terça-feira (21/10), acusada de matar a companheira, Solene Aparecida Correa, de 46 anos, dentro da casa onde moravam, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Polícia Militar, vizinhos ouviram gritos e uma discussão intensa vindos do imóvel e acionaram o 190, informando que uma mulher estaria ferida. Quando chegaram ao local, os policiais encontraram Laura em frente à residência, dizendo que queria se entregar porque havia matado a namorada.

Dentro da casa, os agentes localizaram Solene caída ao chão, já sem vida, com sinais de estrangulamento e violência física. A perícia técnica recolheu objetos da cena do crime, incluindo uma faca e dois celulares.


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Durante o interrogatório, Laura afirmou que mantinha um relacionamento há cerca de dois anos com Solene e que o crime ocorreu após uma briga motivada por ciúmes e questões financeiras.

Ela relatou que a companheira teria tentado atacá-la com uma faca, ferindo sua mão, e que, em seguida, a imobilizou e esganou até a morte.

A suspeita também alegou acreditar que Solene estaria “incorporada por espíritos” no momento da discussão e que continuou o estrangulamento “para retirá-los”.

Histórico de agressões e medidas protetivas

As investigações apontaram que Solene possuía medidas protetivas contra Laura, que usava tornozeleira eletrônica devido a agressões anteriores. Em um dos episódios passados, a suspeita chegou a fraturar o braço da vítima.

Mesmo com as restrições, Solene reatou o relacionamento com a agressora há cerca de dois meses, segundo informações da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM).

Prisão por feminicídio

A DEAM de Três Lagoas confirmou que a prisão em flagrante foi ratificada como feminicídio. A delegada responsável pelo caso solicitou a conversão para prisão preventiva.

“O crime ocorreu em contexto de violência doméstica e, diante da gravidade dos fatos, a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública”, afirmou a delegada.

O corpo de Solene foi encaminhado ao Instituto Médico e Odontológico Legal (IMOL). A Polícia Civil segue com as investigações para reunir mais detalhes sobre as circunstâncias do crime.

*Com informações de Região News